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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Educação

Reitoria da USP vai multar em R$ 1.000 por dia de greve; sindicato quer cercar prédio

A reitoria da USP (Universidade de São Paulo) divulgou nesta terça-feira que a 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de São Paulo deferiu uma liminar estabelecendo multa de R$ 1.000 por dia, caso o movimento grevista dos trabalhadores cause transtornos, como colocação de piquetes e bloqueios de acesso, por exemplo. Os funcionários ameaçam entrar em greve nesta quarta-feira (5). A administração da universidade também informou que não haverá pagamento dos dias não trabalhados.


Funcionários da USP decidem entrar em greve a partir de 5 de maio

O diretor de base do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP, Magno de Carvalho, disse que a liminar não enfraquece o movimento e que o início da greve continua mantido. "Não estamos intimidados com essas ameaças, nos últimos anos essa coisa de liminar e multa é comum. Amanhã, na primeira hora da greve, vamos votar o cerco do prédio da reitoria e o fechamento dos outros prédios", afirmou Carvalho.

Os servidores reivindicam aumento salarial de 16% mais R$ 200 e o repasse de 6% dado pela reitoria aos professores em fevereiro deste ano. Uma reunião de negociação com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) foi marcada para o dia 11 de maio.

De acordo com ele, a colocação de piquetes é feita para não distinguir os funcionários que entraram em greve e os que não entraram e para evitar perseguições. "Com o prédio fechado, não é possível descontar do salário pelo ponto e evitamos que os funcionários sejam ameaçados e perseguidos. Essas ameaças nunca intimidaram os trabalhadores e vários prédios têm permanecidos fechados durante greves", disse o diretor.

Carvalho também afirmou que até hoje nunca houve execução das multas estabelecidas por liminares por fechamento de prédios. "Quantos a ameaça de não pagamento dos dias não trabalhados, apenas uma vez ocorreu e há muitos anos, quando houve uma greve parcial em apenas três unidades da universidade. Nas demais greves, o pagamento dos dias parados foi negociado no fim do movimento, como condição para o retorno ao trabalho, em acordo assinado tanto pelo sindicato quanto pela reitoria", disse.

Procurada pela reportagem da Folha, a reitoria da USP não quis se manifestar sobre as declarações do diretor do Sintusp.
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