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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Arquivista cuida da memória de pessoas e de instituições

Foto: Divulgação/Arquivo Público do Estado de São Paulo

Arquivista cuida da memória de pessoas e de instituições
O curso de arquivologia sofre com o mito de que o profissional formado vai ter de vestir um guarda-pó, usar máscara e lidar, dia-a-dia, com um monte de papéis velhos. De fato, há os arquivistas que trabalham com a restauração e preservação da memória. Mas, hoje em dia, quem se forma na graduação tem espaço aberto para trabalhar nas mais diversas empresas, desde escritórios de advocacia até indústrias. A atuação do profissional é tema do Guia de Carreiras do G1, desta terça-feira (20).


“Quando aparece a figura do arquivista no cinema, por exemplo, ela é sempre estereotipada. Hoje, o profissional trabalha diariamente no computador”, afirma a presidente da Associação dos Arquivistas Brasileiros (AAB), Lúcia Maria Velloso de Oliveira. “Para atuar na área, a pessoa tem de gostar de ler e ter alguma afinidade com administração”, diz.

O arquivista é o responsável pela organização e catalogação de todo o tipo de documentos. Sua atividade é fundamental, por exemplo, em empresas de advocacia, na organização de processos, ou no setor de recursos humanos, para a catalogação de informações existentes sobre os funcionários.

“Hoje em dia ninguém fica sem memória. A organização dos documentos é manter a memória de pessoas e de instituições”, afirma Rosani Beatriz Pivetta da Silva, coordenadora da graduação na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul.

Cursos

Segundo o Ministério da Educação (MEC), 11 instituições oferecem arquivologia em todo o país. Confira as instituições que oferecem o curso no site www.educacaosuperior.inep.gov.br. A duração mínima, segundo as normas do ministério, deve variar de três a quatro anos.

Entre as disciplinas da graduação, estão, por exemplo, introdução à história, à administração, ao direito e à contabilidade. Entre as cadeiras específicas estão as que tratam da conservação de materiais, da gerência de arquivos ou de documentos virtuais.

“Existem muitas aulas práticas, como no laboratório de restauração, de arranjo descrição e memória, de reprografia, de fotografia, da microfilmagem”, observa Rosani.
Arquivologia ou biblioteconomia?

Segundo Rosani, a biblioteconomia trabalha com livros, revistas, teses. A diferença básica entre o trabalho do arquivista e o do bibliotecário é o suporte: os documentos de organizados por quem faz arquivologia podem ser impressos, sons, documentos virtuais. “O que há em comum entre os dois cursos são os usuários. As duas graduações estão voltadas para servir o público”, aponta Rosani.

Além disso, a organização de livros segue padrões internacionais. Já os arquivos dependem de análise da necessidade do usuário e das características dos documentos. “O arquivista procura utilizar métodos mais eficazes para oferecer facilidade a quem precisa da informação”, diz a professora.
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