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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Parceria entre Unifesp e Federal do ABC resulta em estudo inédito

A parceria entre uma aluna de graduação do curso de ciência e tecnologia da Universidade Federal do ABC (UFABC) e outra de doutorado na área de fonoaudiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) resultou em um trabalho inédito que pode mudar ...

A parceria entre uma aluna de graduação do curso de ciência e tecnologia da Universidade Federal do ABC (UFABC) e outra de doutorado na área de fonoaudiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) resultou em um trabalho inédito que pode mudar a vida de quem tem problemas de audição.


Orientadas pelo professor Francisco José Fraga da Silva, as alunas desenvolveram um programa que permite que idosos ou pessoas com deficiências auditivas ouçam palavras com sons que têm chiados, também chamados de “fricativos”. São palavras que possuem as sílabas S – Z – F – V – X e J.

Hoje, segundo Fraga, não existe no mercado um equipamento com foco direcionado nos sons dessas consoantes. “O que existe são equipamentos que potencializam todos os fonemas e por isso, podem deformar as vogais e dificultar o entendimento de quem as ouve”, disse.

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Universidade federal latino-americana terá aulas em português e espanhol Unifesp vai construir unidade na Zona Sul de SP com cursos de extensão Fraga explica que células do ouvido interno transformam a vibração sonora em pulsos que vão para o cérebro em forma de sons. Com o passar dos anos, é comum que tais células morram e as pessoas deixem de ouvir em altas frequências. Por isso, as frequências são “comprimidas”, como se fossem “rebaixadas” para atingir um patamar que o ouvido alcança.

Para Letícia Pimenta Costa Spyer Prates, de 31 anos, que defendeu a tese de compressão de frequências em seu doutorado na Unifesp, ainda é necessário desenvolver algumas avaliações. “Nos testes que fizemos encontramos melhoras nos sons do J e X, mas estes são fonemas pouco encontrados na língua portuguesa. Queremos melhorar o sistema para contemplar mais sons.”

Letícia pretende dar continuidade à pesquisa na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde compõe o corpo docente.

Maitê Balhester, de 19 anos, da UFABC, criou o software do trabalho. A estudante transformou a compressão em linguagem para o tempo real, por meio da computação.

Maitê vai utilizar a pesquisa como projeto de conclusão do curso de bacharelado. “É muito gratificante trabalhar em algo que tem aplicabilidade clínica e vai ajudar a melhorar a vida de muitas pessoas”, afirma. O projeto ainda não foi patenteado.
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