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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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É difícil ensinar e aprender sem saber qual é o valor da educação

Saiu o resultado de mais uma avaliação do ensino brasileiro, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Através dos fatores rendimento escolar (taxas de aprovação...

Saiu o resultado de mais uma avaliação do ensino brasileiro, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Através dos fatores rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e média de desempenho na Prova Brasil (média dos estudantes em língua portuguesa e matemática), as escolas da rede pública são classificadas numa escala de zero a dez.


Embora se considere que tenha tido um avanço, em média, as notas não chegaram a cinco. A intenção é que cheguem a seis até 2022.

Esse índice é aplicado a cada dois anos e não trouxe grandes diferenças do último cálculo. Inclusive, traz um perfil velho conhecido. Além das escolas públicas estarem bem atrás das particulares, as melhores classificadas se concentram nas regiões Sul e Sudeste e as piores no Norte e Nordeste.

Há uma grande diferença entre os primeiros e os últimos lugares. Para se ter uma idéia, considerando-se os primeiros anos do ensino fundamental da rede municipal, a cidade de Cajuru (SP) obteve a nota 8,6, enquanto que o município de Apuarema (BA) conseguiu apenas 0,5. Nem tudo está perdido.

O que será que faz um município diferir tanto de outro na qualidade do ensino? Muitas coisas, a começar pelo visual. Dizem que as aparências enganam. Nesse caso, elas são fiéis.

Ao observarmos fotos de uma escola de cada cidade, dá para ver ao menos o cuidado que uma e outra dispendem aos alunos. Cajuru investe em uniformes com o nome do município, possibilitando uma identificação do aluno com a instituição, colocada como algo importante.

As salas são organizadas, favorecendo maior concentração das crianças e aproveitamento da aula. Estudar em um ambiente gostoso é outra coisa. Não se observa, pela foto, esse cuidado na instituição baiana.

Isso é só perfumaria? Pode até ser. Mas não deixa de indicar o lugar que a educação ocupa nessa cidade, que chega a lhe destinar quase 30% de seu orçamento (o obrigatório é 25%). Portanto, há o investimento financeiro.

E ter dinheiro basta? Certamente que não. Ele precisa ser bem aplicado. E foi o que a prefeitura de Cajuru fez. Investe na qualificação e remuneração de seus professores, sem os quais o melhor método de ensino com todo o dinheiro do mundo não faria milagres.

Mas os alunos não são eternos desmotivados? Ora, adotou-se um método de ensino reconhecido e funcional, o que ajuda na organização do conhecimento e aprendizagem. Nada de buscar coisas modernas e sem fundamento e sem eficácia comprovadas, deixando professores e alunos ao Deus dará.

Não dá para vacilar. Um professor bem orientado, sabendo onde pisa, tem maiores condições de realizar seu trabalho e facilitar a construção do conhecimento pelas crianças. É preciso ter um rumo.

Para os que não conseguem acompanhar e apresentam problemas na hora de aprender, a escola oferece reforço escolar. Para outros casos, existe um centro de atendimento educacional. Há portanto toda uma rede na cidade para cuidar de seus alunos.

Nossa, contando assim parece até simples! E é. Não tem segredo. Seria bom que as ações governamentais aprendessem com Cajuru, que apenas fez a lição de casa. E que as autoridades fizessem bom uso da avaliação que serve justamente para orientar ações futuras.

Quanto a Apuarema, não temos muitos dados. Apenas que os alunos foram avisados que a prova era importante e que deveriam fazê-la com carinho. Não dá para entender o que isso significa.

Porém, sem a valorização real da educação e a clareza de seu sentido, fica difícil ensinar e aprender.

Parabéns, Cajuru!!!
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