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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Haddad pode ser convidado a falar sobre o Enem no Senado

A senadora Marisa Serrano (PSDB- MS) afirmou nesta segunda-feira (8) que pretende apresentar nesta semana um convite para que o ministro da Educação Fernando Haddad dê explicações sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na Comissão de Educação do Senado. Nesta tarde, senadores da oposição criticaram no plenário da Casa a organização do exame. Nenhum senador da base aliada usou seus discursos em plenário para defender o Enem. O exame apresentou problemas em algumas provas e em gabaritos e uma decisão da justiça do Ceará suspendeu a prova.


MEC prevê que quase 2 mil terão direito a refazer o Enem Vice-presidente do PSDB, a senadora Marisa Serrano considerou como "desastroso" o exame realizado neste final de semana. “Desastroso e lamentável são apenas alguns dos adjetivos que podem ser usados para qualificar os fatos que rondaram as salas nas quais estudantes de todo o Brasil se surpreendiam ao encontrar problemas nas questões e erros nas folhas de respostas das provas realizadas”, disse Marisa.

A senadora destacou que considera positiva a ideia de substituir os vestibulares pelo Enem, mas afirmou que os erros na organização nos últimos dois anos têm comprometido o objetivo. Para ela, inclusive, seria necessário anular o concurso realizado e aplicar novas provas para todos os estudantes.

“O fato é que, se não for decidida a aplicação das provas novamente para todos os estudantes, sempre haverá alguém, na Justiça, questionando o Enem 2010. Alguém vai entrar na Justiça, sempre será questionado. O fato é que as universidades serão prejudicadas no início de seus anos letivos, até que essa celeuma seja resolvida. O fato é que novamente o Enem cai no descrédito de milhões de jovens que passaram meses, até um ano, estudando para entrar na tão sonhada universidade pública e de qualidade”, disse a tucana.

O pensamento é o mesmo do senador Papaléo Paes (PSDB-AP). “Não tem jeito, o governo vai passar mais um vexame e vai ter de anular esse Enem. Lamentavelmente, como aconteceu no ano passado, corrupção, investimento mal feito do dinheiro público e, principalmente, falta de responsabilidade desse senhor ministro da Educação (Fernando Haddad)”.

Na visão de Papaléo, os erros cometidos tiraram a isonomia do exame. “A isonomia foi quebrada completamente. Não existiu isonomia durante as provas do Enem. Não existiu.”

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) destacou que as falhas estão tirando a credibilidade do Enem. “As universidades não acreditam mais na qualidade das provas nem na forma de levar a aplicação. Os alunos ficam também sem nenhum tipo de fé de que de fato aquilo seja uma coisa correta, isenta e que eles não tenham prejuízo. É lamentável. Um instrumento que poderia ser extremamente válido, principalmente beneficiar aqueles mais carentes, fica com esse instrumento prejudicado por falta de seriedade na elaboração das provas, seriedade na guarda das provas e seriedade na hora da execução”.
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