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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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MT tem menor taxa de redução de analfabetismo do Brasil

Mato Grosso foi um dos Estados que apresentaram a menor queda na taxa de analfabetismo entre 2004 e 2009. Neste período, o Estado manteve a mesma taxa de 10 pontos percentuais de analfabetos com 15 anos ou mais. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea).


O dado coloca o Estado na décima terceira colocação entre as unidades da federação em relação à proporção de analfabetos. No topo da lista está o Amapá, que reduziu de 30 pontos par 25 pontos o percentual.

A região centro-oeste como um todo apresentou menor queda do número
absoluto de analfabetos (1,6%), uma vez que os estados de Mato Grosso do Sul e, principalmente, Mato Grosso tiveram aumento deste contingente. Mesmo assim, houve queda de 1,2 p.p. na taxa de analfabetismo na região, que atingiu 8% em 2009. Goiás e Distrito Federal lideraram essa tendência.

O contingente de analfabetos e a taxa de analfabetismo podem ser afetados pela
variável demográfica, especialmente pela migração. É o caso de Mato Grosso, cujo crescimento da população de 15 anos ou mais atingiu 15,6% no período sob análise, índice acima da média brasileira, que foi de 9,8%.

Paralelamente, o Estado teve aumento do número de analfabetos e também ligeira elevação da taxa de analfabetismo. Nesse caso específico, uma das possíveis explicações seria a migração de trabalhadores agrícolas não alfabetizados, tendo em vista que Mato Grosso integra a fronteira agrícola brasileira.

Em termos gerais, segundo o Ipea, na faixa etária de 15 anos ou mais houve redução do número absoluto de analfabetos de pouco mais de 1 milhão de pessoas em todas as regiões do País de 2004 para 2009, representando uma queda de 7%. Em termos relativos, a taxa de analfabetismo caiu cerca de 1,8 ponto percentual, passando de 11,5% para 9,7%.

As regiões Norte e Nordeste registraram as maiores quedas, mas ainda foi insuficiente, segundo o Ipea, para diminuir significativamente as desigualdades inter-regionais. O analfabetismo no Nordeste entre pessoas de 15 anos ou mais é cerca de 3,4 vezes maior que o Sul.

15 a 64 anos
A redução nesta faixa etária foi mais acentuada, diminuindo de 9,1% para 7,3%, o que corresponde a uma queda de quase 21%. Em números absolutos, o número de analfabetos caiu em 14%, ou seja, cerca de 1,5 milhão de pessoas deixaram esta condição.

O acesso aos programas de alfabetização de jovens e adultos na faixa de 15 a 64 anos foi maior, se comparados à de idosos, e a redução do analfabetismo entre esta faixa etária foi favorecida pelo ingresso de jovens alfabetizados e pela saída de pessoas analfabetas com mais de 60 anos. Essa redução ocorreu de forma mais equilibrada entre as regiões brasileiras.

65 anos ou mais
A taxa de analfabetismo entre idosos reduziu de 34,4% para 30,8%. Entretanto, houve um aumento em números absolutos de 490 mil analfabetos. Tal crescimento se deve à mudança de faixa etária de pessoas analfabetas que se encontravam, em 2004, com idade entre 60 e 64 anos.
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