Professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidem hoje, em Assembleia geral marcada para as 14h no campus de Cuiabá, se deflagrarão greve a partir da próxima quinta-feira (17).

Caso os professores da UFMT votem pelo sim, integrarão uma greve nacional para a qual 27 instituições universitárias federais já sinalizaram apoio na última reunião do Sindicato Nacional dos Docentes (Andes) em Brasília.

A última ocasião em que Mato Grosso integrou greve deste tipo foi em 2005, recorda o presidente da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), Carlinhos Eilert. Desta vez, paralisação se deve ao descumprimento, por parte do governo federal, do acordo firmado em maio do ano passado prevendo a implementação de um plano de carreira para os docentes.

A greve é uma forma de se evitar que o atendimento a reivindicação tão antiga siga sendo postergado, diz Carlinhos. Além do plano de carreira, a greve tem como causa um reajuste salarial de 4%.

Reivindicações

Como em toda greve, a pauta de reivindicações é mais abrangente do que os pontos mais práticos em negociação com o governo. Na pauta interna dos docentes, entram questões como a desvalorização do servidor federal, a necessidade de melhorias na estrutura dos campi, urgentes investimentos em cursos de pós-graduação, especialização, mestrado e doutorado, além da crítica ao modelo produtivista imposto aos departamentos da Universidade, entre outros.