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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Revolta dos Padres é o assunto do Projeto Educação nesta quarta-feira

Conspiração e revolta. Nos corredores do Seminário de Olinda, brotaram os ideiais da Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolta...

Conspiração e revolta. Nos corredores do Seminário de Olinda, brotaram os ideiais da Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolta dos Padres. A aula desta quarta-feira (29) no Projeto Educação 2013 é sobre História do Brasil.


O conjunto arquitetônico fica no ponto mais alto do centro histórico de Olinda. A primeira igreja era de taipa, construída em 1551, foi ampliada anos depois. O prédio foi construído no final do século 16 para ser um colégio usado pelos jesuítas.

Em 1801, Dom Azeredo Coutinho pediu à Rainha, Dona Maria Primeira, a doação do prédio. Desde então, funciona ali o Seminário de Olinda.

Quem vê o lugar, silencioso, não imagina que por trás das suas portas, no início do século 19, foi articulada uma das principais revoluções da História do Brasil.

"Várias reuniões ocorreram aqui, já que vários padres, como José Ribeiro, padre Roma, o padre Miguelinho, estavam ligados aos mestres no seminário de Olinda, e também estavam ligados às casas maçônicas. Eles eram responsáveis pela divulgação das chamadas ideias iluministas”, explica o professor Paulo Chaves.

A Revolução Pernambucana, também chamada de Revolução dos Padres, aconteceu em 1817. O momento era complicado em todo o País.

"Nós vamos ter grandes movimentos emancipacionistas. Como, por exemplo, a Inconfidência Mineira, em 1789, que foi um movimento de caráter aristocrático e elitista. Em 1798, temos a divulgação da Revolta dos Alfaiates, também conhecida como Conjuração Baiana ou dos Alfaiates", diz Chaves.

Momento delicado também no Nordeste. Pernambuco enfrentava um período de seca muito forte.

"Atingindo as atividades econômicas mais produtivas, como o algodão e o açúcar. Além disso, a carga tributária sobre a província de Pernambuco, que apesar de haver uma crise econômica na época ainda era a mais rica província brasileira, era muito elevada. Até porque Pernambuco contribuía significativamente com a manutenção da família Real portuguesa instalada no Rio de Janeiro, desde 1808. O objetivo essencial da Revolução de1817 não era apenas a independência do País, mas a independência do Nordeste e a criação de uma República nordestina. Então nesse sentido, dois setores, duas instituições pernambucanas terminam, se uniram num processo de movimento conspiratório. A primeira é a maçonaria. E a segunda era o próprio seminário de Olinda".

Os revoltosos se encontravam no porão da capela do seminário. Hoje, ele está interditado. A entrada foi fechada com madeira pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPhan). Mas a biblioteca ainda é a mesma. Aqui foi criada a bandeira do movimento, que cem anos depois dizem ter sido a mesma oficializada como bandeira de Pernambuco.

“O azul representa o céu, a parte inferior, que é a faixa branca, significa a paz. A estrela, Pernambuco. O arco-íris simboliza a união do povo pernambucano. O sol, a energia, a força desse povo. E a cruz vermelha, que significa a fé do povo pernambucano. Existe uma corrente que afirma que essa cruz está associada ao primeiro nome do Brasil, Ilha de Vera Cruz (1500).

Programada para iniciar em agosto de 1817, a Revolução teve de começar cinco meses antes.

"O movimento começou quando o então governador de Pernambuco, chamado Caetano Pinto de Pinheiro, tomando conhecimento da conspiração, ordena a prisão de um dos líderes militares, chamado capitão José de Barros Lima, conhecido como ‘Leão Coroado’. Só que no momento em que o Leão Coroado recebe a voz de prisão, ele reage, matando os dois oficiais portugueses. Isso antecipou o movimento para o início de março".

A Revolução acabou, mas o desejo de liberdade continua, até hoje, em cada pernambucano.
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