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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Educação

Há dois anos no Brasil, estudante turca faz vestibular da Fuvest

Tuğçe Uzun tem 24 anos e há dois anos decidiu se mudar para o Brasil. Em 2012, a atual estudante de letras da Unip tenta o vestibular da Fuvest pela primeira vez, também em letras. "Quero entrar na USP, vou tentar", contou a jovem de Istambul neste domingo (25), antes da prova da primeira fase.


Ela vive em São Paulo com amigas também da Turquia e admite que teve pouco tempo para estudar as disciplinas do ensino médio. "Só estou estudando para falar e entender bem o português", explicou a estudante, que ainda não sabe por quanto tempo ficará no Brasil.

"Depois de me formar, não sei o que vou fazer. Gosto muito daqui, São Paulo é muito parecido com Istambul. As pessoas acham que os Estados Unidos são o símbolo da liberdade, mas, nesta época, eu acredito que o Brasil é o símbolo da liberdade", contou a jovem muçulmana, que afirma que sempre foi tratada com respeito na capital paulista.

Tugçe chegou ao local de provas acompanhada de uma de suas amigas turcas, que estuda no Mackenzie, mas não se inscreveu na Fuvest. Ela ficou sentada do outro lado da rua e conversava com a conterrânea enquanto observava o intenso fluxo de estudantes logo após a abertura dos portões, sem pressa para entrar na sala.

Ambulante fatura

O vendedor ambulante William Moreira Pires, de 33 anos, chegou às 11h no campus Santo Amaro da Uninove para apresentar seus produtos aos candidatos do vestibular da Fuvest. Durante o ano, ele trabalha à noite vendendo bebidas e alimentos para estudantes da faculdade. Mas, em época de vestibular, o vendedor muda seus horários para as manhãs do fim de semana.

Neste mês, ele contou que vendeu água, chocolate, caneta, lápis e borracha durante as provas do Enem e da Unesp, nos dias 3, 4 e 18. As vendas na manhã deste domingo antes da Fuvest, segundo ele, foram mais fracas que mostramos exames. Ele estima ter faturado cerca de R$ 400 em cerca de duas horas.

Dez minutos após o fechamento dos portões, o morador do Embu das Artes, na Grande São Paulo, desmontou as mesas, carregou o carro e foi para o autódromo de Interlagos, onde acontece neste domingo o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1.

Lá, ele diz que espera faturar mais com a venda de cerveja. "Nunca vendo cerveja para estudantes", contou.
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