Olhar Direto

Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Educação

Palestrantes despertam acadêmicos para potencial mato-grossense

A jornada do 1º Seminário Mato-grossense da Engenharia, Agronomia, Geologia, Meteorologia e Geografia realizado pelo Crea Júnior de Mato Grosso na última sexta-feira, dia 7 de dezembro, encerrou-se com um ciclo de palestras em três locais distintos: houve quatro palestras no ginásio do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), duas palestras no auditório da FAET na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e outras três no auditório da CCBSIII da UFMT, onde durante todo o dia os acadêmicos acompanharam mesas-redondas com personalidades como o presidente do Crea-MT, Juares Samaniego e o Senador da República Pedro Taques.


As palestras realizadas no auditório da CCBSIII foram direcionadas aos acadêmicos dos cursos de agrárias. Temas como “O Agronegócio em Mato Grosso” e “Segurança Alimentar” despertaram nos acadêmicos muita curiosidade sobre seus futuros profissionais. As informações divulgadas pelo diretor executivo da Famato, o engenheiro agrônomo Seneri Paludo e os resultados de pesquisas trazidos pelo professor da Esalq/Usp de Piracicaba, o doutor José Otávio Menten deixaram os alunos sensivelmente inquietos. Além do vísível ânimo que se podia observar na platéia, após cada um dos debates os participantes procuraram os palestrantes aos poucos para questioná-los.

Paludo iniciou o seu discurso fazendo um comparativo entre Mato Grosso e referências globais como Mickey Mouse e o presidente dos Estados Unidos Barack Obama. “O Brasil é a bola da vez. Enquanto países como a China e a Índia já não têm como aumentar a sua produção, o Mato Grosso, sem precisar abrir mais áreas ainda conseguirá dobrar a sua produção. Possuimos uma conjuntura de clima e solo extremamente apropriada e quanto mais utilizamos o solo melhor ele fica”.

De acordo com os números divulgados, o Mato Grosso é responsável por 24% da produção do país e por 2% da produção mundial. Estimativas também demonstram que será necessário o estado aumentar em mais um milhão de habitantes até 2020 para dar continuidade a esse crescimento econômico. “Precisamos estar preparados para o progresso inevitável de Mato Grosso e para isso a qualificação é o meio mais inteligente. Somente em 2012 a Famato empenhou-se em qualificar mais de 411 mil pessoas.”, ressaltou Paludo.

Sobre a polêmica criada entorno do uso de agrotóxicos o professor da Esalq apresentou pesquisas sobre o monitoramento de resíduos de defensivos agrícolas nos alimentos e programas de controle toxicológico em tecnologias que permitem o crescimento da produção agrícola do país com margens de Ingestão Diária Aceitável (IDA) seguras. “A produção de grãos cairia pela metade se não utilizássemos mais os defensivos. Mesmo que o nosso potencial agrícola seja grande a demanda por alimentos ainda é muito maior que a nossa capacidade produtiva.”, defende dr. Menten. Para ele combater o uso de agrotóxicos é ignorar anos de pesquisas científicas. “O que precisamos é incentivar a utilização correta da receita agronômica, boas práticas agrícolas, plantio direto e a integração agricultura e pecuária”.

Para encerrar os debates da noite, o engenheiro florestal e conselheiro do Crea-RS, Luiz Ernesto Elesbão, durante a explanação de sua palestra com o tema “Atribuição Profissional do Sistema Confea/Crea”, salientou a importância dos profissionais unirem-se em associações e sindicatos em busca de políticas públicas que tragam claras definições de atribuições e acabem com os sombreamentos. “Percebemos brigas autônomas, lutas sem continuidade e sem força. Agregar e congregar é preciso para que o Sistema não seja desfacelado. Cada um por si não é o ditado que levanta uma classe”, alertou os estudantes que ouviam atentos aos conselhos do engenheiro.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet