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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Funcionária de cursinho pede bolsa de estudos e é aprovada em federal

A jovem Marília Cristina Fileto de Sá, de 21 anos, foi aprovada pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) no curso de Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. A estudante trabalha...

A jovem Marília Cristina Fileto de Sá, de 21 anos, foi aprovada pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) no curso de Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. A estudante trabalha como secretária em um cursinho em Santos, no litoral de São Paulo, e pediu ao chefe uma bolsa integral para o curso pré-vestibular. Com a bolsa concedida, a jovem passou a se dedicar 16 horas por dia para realizar o sonho do ensino superior.


Marília começou o cursinho em fevereiro do ano passado. Durante todo o curso, a rotina era bem puxada. “Eu tinha aula de segunda-feira a sábado, das 7h às 13h30. E trabalhava na secretaria das 14h às 23h. Quase não sobrava tempo para dormir. As pessoas me chamavam de zumbi”, brinca a jovem.

A estudante afirma que abriu mão de diversas festas, já que aproveitava os domingos de folga para estudar as matérias aprendidas durante a semana. "Como trabalhava depois da aula, só conseguia estudar aos finais de semana mesmo. Sem contar que, um domingo sim e um domingo não eu fazia simulados", diz.

Todo o esforço valeu a pena, já que no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) a estudante obteve uma nota alta. “O que mais me ajudou no Enem foi a nota da redação. Tirei 800. Também fui bem em Matemática, com 603.3 pontos, e Ciências Humanas, com 555.1”, conta Marília.

Na última segunda-feira (14), a estudante descobriu que foi selecionada para o curso de Engenharia Florestal na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. “Coloquei este curso como primeira opção e, como segunda opção, escolhi o curso de Economia no Rio de Janeiro. Pela minha nota eu conseguiria a segunda opção também”, afirma.

A estudante conta que escolheu uma universidade que não estivesse entre as mais disputadas, para aumentar as chances de ser selecionada. Porém, a jovem afirma que não tem condições financeiras para se mudar para o Mato Grosso do Sul. “Em Santos, apesar de morar com meus pais, eu que me sustento. Mudar de cidade ficaria muito complicado para mim. Meus pais não têm condições financeiras para me sustentar e acho que vou ter que abrir mão da federal”, lamenta Marília.

A jovem afirma que não pretende largar o emprego na secretaria do cursinho, mas que ainda não desistiu do sonho de fazer uma faculdade. “Vou lutar para conseguir uma bolsa integral em alguma faculdade de Santos pelo Prouni. Este ano não quero mais saber de cursinho. Com certeza começo a faculdade em 2013”, conclui.
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