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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Novo reitor da Unicamp admite que falta de segurança na área do campus

Para tentar coibir ataques a caixas eletrônicos e furtos de veículos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o novo reitor, José Tadeu Jorge, defende a criação de postos fixos para vigilância e a ampliação...

Para tentar coibir ataques a caixas eletrônicos e furtos de veículos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o novo reitor, José Tadeu Jorge, defende a criação de postos fixos para vigilância e a ampliação do número de câmeras que monitoram o campus no distrito de Barão Geraldo. Ao G1, o engenheiro de alimentos admitiu que o sistema de controle para acesso à instituição não é confiável.


"A Unicamp tem áreas mais propensas aos problemas de segurança. Temos uma concentração de bancos e a ideia é ter postos fixos de vigilância. Isso já inibe as iniciativas [criminosas]", reiterou Tadeu Jorge. Ele assumiu o cargo pela segunda vez, na sexta-feira (19), após ser nomeado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Ex-secretário de Educação durante o governo do prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos (PDT), ele disse que o sistema de monitoramento foi criado na primeira adminstração dele, entre 2005 e 2009, mas não foi aplicado de forma integral na gestão seguinte. Sem indicar prazos e valores, Jorge defende maior integração com a Guarda Municipal e polícias.

"O número das câmeras e o tempo de gravação precisam ser maiores do que existe hoje. Já esse sistema de papelzinho, de você mostrar o credenciamento, não é confiável. Acho que é possível um recurso automatizado para as guaritas e uma ação além das fronteiras. Não adianta construir uma ilha", ponderou Jorge.

Com orçamento de R$ 2,2 bilhões, superior ao de 18 cidades da Região Metropolitana (RMC), a Unicamp possui 44,4 mil alunos entre cursos de graduação e pós-graduação. Além disso, mantém 1,7 mil professores de carreira e 7,9 mil técnicos administrativos.

A segurança
Segundo a assessoria da Unicamp, a universidade aplicou R$ 3 milhões para implantar um sistema de monitoramento com 260 câmeras, em 2011. Na central trabalham 50 funcionários, que acompanham a rotina do campus por meio de seis monitores de vídeo e quatro telões conectados ao circuito de câmeras, com capacidade para 16 a 24 imagens por tela.

Violência
Segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o furto de veículos no distrito de Barão Geraldo, atendido pelo 7º Distrito Policial, cresceu 56% no ano passado, em relação a 2011. Foram 234 ocorrências entre janeiro e dezembro de 2012.

Na Unicamp, segundo a assessoria da instituição, houve 12 casos em 2012 - elevação de 50% em relação ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, a universidade alegou que ocorreram 68 furtos, em 2010, quando não havia câmeras instaladas.

A SSP-SP também informou que, entre 2011 e 2012, foi registrada elevação na quantidade de homicídios dolosos - quando há intenção de matar - na região do campus. No total foram 13 crimes em 2012, número 62,5% superior ao somado em 2011.

O distrito de Barão Geraldo é atendido por duas bases da Guarda Municipal. Procurada pelo G1, a assessoria da Polícia Militar não comentou o assunto até a publicação da reportagem.
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