Funcionários da USP em greve decidiram nesta sexta-feira não realizar piquetes na próxima segunda (22), para a retomada das negociações, caso a Polícia Militar deixe o campus. A decisão foi tomada em assembleia realizada pelo Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) para avaliar a proposta feita pela reitoria.

Nesta semana, a reitora Suely Vilela apresentou um acordo envolvendo, simultaneamente, a retirada da PM e o compromisso dos grevistas de não realizar piquetes ou bloquear os acessos aos prédios da universidade.

Na assembleia de hoje, os funcionários decidiram não realizar os piquetes na segunda, só se a polícia sair do campus, e não garantiram os protestos permanecerão suspensos nos próximos dias.

O Fórum das Seis --que representa funcionários, professores e estudantes das três universidades paulistas-- apresentou nesta semana um pedido para que o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) faça um comunicado reconhecendo o direito de greve e se comprometendo a não pressionar os funcionários que optaram pela paralisação.

Confusão

Na manhã de hoje, o gramado em frente ao Sintusp foi palco de uma confusão envolvendo alunos contrários à greve e servidores da universidade. Houve bate-boca, e um grupo de estudantes acabou expulso do local.
O atrito ocorreu porque os estudantes foram ao local para fazer um piquenique e demonstrar que nem todos apoiam a paralisação. No exato momento, no entanto, era realizada uma assembleia dos servidores para avaliar o movimento de greve e a proposta para a retomada das negociações.

Os dois grupos começaram um bate-boca até que cerca de dez estudantes foram expulsos do local pelos grevistas. Os dois grupos começaram um bate-boca até que cerca de dez estudantes foram expulsos do local pelos grevistas. O piquenique, no entanto, foi mantido por cerca de 80 alunos, no gramado localizado nos fundos do prédio do Sintusp.

Os alunos contrários à paralisação programaram outro ato para esta sexta, às 18h, na praça do Relógio.