As inscrições para o ProUni (Programa Universidade para Todos) encerram às 23h59 desta terça-feira (25) para 90.045 bolsas em instituições de ensino superior, entre elas, 55.693 são integrais e 34.352 parciais. De acordo com o MEC (Ministério da Educação), desde 2005, mais de um milhão de estudantes universitários no País já foram beneficiados pelo programa. A assessoria do órgão não soube informar, porém, o número exato.
Depois de quatro dias de inscrições abertas, o ProUni registrou, até as 18h da última segunda-feira (24), 244.874 candidatos inscritos. Cada estudante pode se inscrever em até dois cursos, por isso, o número total de inscrições online chegou a 470.393.
O programa oferece bolsas integrais em universidades privadas para estudantes com renda bruta familiar por pessoa de até um salário mínimo e meio. Alunos que participaram do Sisu (Sistema de Seleção Unificado) e atendem aos requisitos podem também participar do ProUni. As inscrições podem ser feitas no site do programa.
As bolsas integrais do Prouni são para os estudantes com renda bruta familiar por pessoa de até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais são para os candidatos com renda bruta familiar de até três salários mínimos por pessoa.
O Sisu seleciona candidatos às vagas das instituições públicas de ensino superior a partir da nota obtida no Enem. Segundo o balanço divulgado hoje pelo MEC (Ministério da Educação), 788.819 candidatos se inscreveram para 39.724 vagas — uma média de quase 20 candidatos por vaga.
O resultado da segunda chamada está previsto para 13 de julho. O estudante terá de 15 a 19 de julho para comprovar as informações e providenciar a matrícula.
Beneficiada
Em 2009, Janaína Teixeira conseguiu uma vaga para a Universidade Presbiteriana Mackenzie pelo programa por meio da pontuação que adquiriu no Enem. Ela elogia o ProUni por oferecer uma oportunidade de estudo que ela, segundo informa, não teria condições de pagar.
— Acho o ProUni ótimo. Eu não conseguiria pagar o Mackenzie todo mês. Algumas pessoas não conseguem pagar nenhum valor para a faculdade, mas realmente querem estudar.
Janaína afirma ter “sentido uma diferença” na universidade em comparação aos alunos que não utilizaram o programa.
— Muita coisa que era comum para os outros não era pra mim. Só não foi maior o choque por que eu sempre procurei estudar bastante.
Uma das dicas de Janaína é estar atento ao volume de documentos de comprovação exigidos para a realização da matrícula do bolsista.
— Quando fui aprovada no Mackenzie, fiquei assustada com todos os documentos de comprovação de renda que pediram pra matrícula. Dá vontade de desistir pela burocracia. Mas vendo agora, é realmente necessário.
Opção
Já Reynaldo Machado, que atualmente cursa engenharia naval na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), chegou a ser aprovado em primeiro lugar no curso de arquitetura da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica) pelo ProUni, mas optou pela vaga atual, que conquistou pelo Sisu no ano passado.
O sonho, explica Machado, era cursar arquitetura, mas resolveu ficar na universidade federal. Entre os motivos citados, estão as oportunidades.
— Para mim, passar na universidade pública foi um passo maior que passar na particular, até por conta de uma maior gama de oportunidades lá dentro, como por exemplo, participar de um intercâmbio. Numa universidade privada um aluno de baixa renda têm mais dificuldades de participar dessas coisas.
