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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Educação

Projeto ajuda estudante a aprender Matemática

A matemática deixou de ser um entrave na aprendizagem do aluno Luiz Henrique Araújo de Souza, 13 anos, da Escola Estadual Joaquim Augusto da Costa Marques, do município de Denise. Devido a complicações no parto, o estudante, hoje no 7° ano, convive com uma deficiência cognitiva que acarreta problemas motores, de visão, e déficit de aprendizagem. Angustiada com a dispersão e o não entrosamento do aluno em sala de aula, a professora Zeina Aparecida de Arruda desenvolveu uma maneira de levar de forma lúdica e mais atrativa o ensino da Matemática até Luiz. Para a professora, o PLH 2014, ou Projeto Luiz Henrique, surge da necessidade de realizar a inclusão a partir de propostas que respondam as necessidades dos estudantes.


Zeina, que é professora de matemática na rede estadual, afirma que durante 20 anos como educadora nunca tinha se deparado com um caso tão desafiador até conhecer Luiz Henrique. “Ele dispersava a atenção facilmente e odiava a Matemática”. Durante os primeiros dias de aula o aluno não mostrava nenhum interesse em relação ao conteúdo ministrado. Enquanto os alunos realizavam as atividades, o Luiz Henrique ficava sem fazer nada. Foi daí que começou surgir ideias. No início do ano foi difícil, pois eu me encontrava sozinha pra cuidar de 27 alunos”, diz Zenia.

Ao perceber que o aluno tinha a aprendizagem visual mais desenvolvida que a cognitiva, a professora começou a desenvolver técnicas de ensino. Até que chegou ao projeto ideal. “Preparei um material que batizei de ábaco das fitas, ele consiste numa placa quadrada de isopor onde em dois dos lados (horizontal e vertical) foram coladas fitas vermelhas e azuis intercaladamente”, relata. A escolha do vermelho tem origem na frase muito ouvida por todos: “minha conta está no vermelho”. Foi ai que estabeleceu para o vermelho, a ideia de negativo, e azul, positivo.

A professora explica que quando o aluno vai multiplicar dois positivos, por três negativos, por exemplo, ele estica duas fitas azuis na horizontal e três fitas vermelhas na vertical. “Daí ele conta as intersecções das fitas e escreve o resultado”. Outro padrão definido foi quando ao esticar fitas de cores diferentes o sinal será sempre negativo e de cores iguais positivo. Padrões que esclarecem regras matemáticas de forma lúdica e asseguram o aprendizado.

O diretor da escola, Luiz Carlos de Souza, e pai de Luiz Henrique vê positivamente o desenvolvimento do filho. “O ensino foi desenvolvido pela Zenia de forma dinâmica, nunca vi algo igual. Essa é uma atitude louvável. Ao ver no dia a dia a evolução do meu filho fiquei muito emocionado”, afirma. Foi motivo de alegria a o resultado da primeira avaliação do filho, que teve todas as respostas corretas. “O projeto de Zenia é um exemplo para os professores. Tanto, que querem estender o projeto aos outros alunos”, ressalta Luiz Carlos.

Ela pretende ir mais longe e trazer parceiros para o trabalho, estreitando os laços de Luiz com os colegas.
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