Inaugurada no fim de semana, a biblioteca da pequena Kaciane Caroline Marques, de 10 anos, começa a funcionar nesta segunda-feira (13) na casa dela, no bairro Lealdade e Amizade, em São José do Rio Preto (SP). A menina já leu mais de 400 livros e queria realizar o sonho de ter uma biblioteca em casa. “Estou sentindo o sonho realizado a partir de agora todos podem vir aqui na biblioteca pegar livro e isso será muito bom para mim e para todas as pessoas”, afirma Kaciane. A biblioteca vai funcionar das 14h às 17h e fica na rua Projetada 31, número 306, no bairro  Lealdade e Amizade.

Todo mundo que ajudou na realização do sonho de Kaciane estava na inauguração. Estava tudo como ela imaginava: as estantes lotadas, num lugar espaçoso e agora é só se preparar para receber os visitantes e leitores. “Esperto que a biblioteca incentive crianças, adultos e idosos a gostar de ler”, afirma a criança.

A família mora num residencial de casas populares e o pouco espaço do quintal foi cedido para o sonho da filha. Quem chega tem que passar por dentro da cozinha, mas a mãe de Kaciane não se importa. “Para gente não tem problema algum, vamos estar sempre acompanhando. Ela vai dividir o tempo dela entre as aulas, as tarefas de casa e a biblioteca”, diz Adriana Cunha Marques, mãe de Kaciane.

A biblioteca foi construída com a ajuda de empresas e até uma escola se interessou e deu uma bolsa de estudo que começa a valer a partir do ano que vem. “O mais importante que a condição física da biblioteca é a bolsa de estudo por sete anos, o que falta agora é a oportunidade transcender e ela possa ser uma pessoa importante no futuro”, afirma o dono da escola, Pedro Acquaroni.

O acervo da Kaciane começou a aumentar em janeiro, quando a construção começou. Ela foi ganhando livro da comunidade, os colegas da escola e hoje já são mais de 3.600 livros. Quem presenteia Kaciane  também dá livro e os professores que acompanharam a história de Kaciane se enchem de orgulho. “Esse é o papel da professora, incentivar, dar força para o sonho acontecer”, diz a professora Maria Cristina Augusto.