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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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Receita Federal flagra sonegação de até R$ 100 milhões em escolas de SP

A Receita Federal e a Receita Municipal de São Paulo informaram nesta quinta-feira (11) que detectaram em 50 instituições de ensino da capital indícios de falta de recolhimento de R$ 44 milhões em tributos federais e municipais. Os valores podem chegar a R$ 100 milhões se considerados juros e multas, segundo as duas receitas.


Cerca de um terço dos valores sonegados são impostos municipais e outros dois terços são impostos federais. Os nomes das empresas não podem ser divulgados nesta fase por causa do sigilo fiscal.

A detecção dessas supostas fraudes foi possível graças ao cruzamento de dados entre a Receita Municipal e a Receita Federal relativos apenas ao ano de 2013. O rastreamento agora se estenderá para os demais anos.

Com base nos dados, as duas receitas deflagraram nesta quinta a operação "Segunda Época" para ação conjunta de fiscalização nestas empresas.

O alvo são empresas particulares de educação infantil, fundamental, médio e superior.  O caso com maiores indícios de irregularidade é o de uma universidade que, apenas em 2013, deixou de recolher R$ 10 milhões em tributos.

Os tributos sonegados são Imposto sobre Serviços, Imposto de Renda, PIS/Cofins e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.

Para chegar às fraudes, os auditores compararam declarações anuais de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica das escolas, número médio de alunos e valor médio das mensalidades. Por outro lado, verificaram os pagamentos declarados pelos pais nas declarações anuais de Imposto de Renda Retido na Fonte e as Notas Fiscais de Serviço Eletrônicas.

O superintendente da Receita Federal em São Paulo, José Guilherme Antunes de Vasconcelos, lamentou que as sonegações tenham sido flagradas em escolas. "Deveriam dar o exemplo", disse.

As ações de fiscalização das escolas devem durar entre seis meses e um ano.

Os flagrados na operação "Segunda Época" terão de pagar os impostos não recolhidos e podem ficar sujeitos a multas de até 225% mais juros.

Se houver indício de culpa por parte dos representantes das escolas, podem ser apresentadas representações fiscais para fins penais ao Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual.

O G1 procurou o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo, que ainda não se manifestou. A Federação Nacional das Escolas Particulares afirmou que não tem interesse em se manifestar porque o caso envolve 50 empresas entre milhares de instituições.

Mais investigações
Esta é segunda operação realizada em conjunto entre a Receita Municipal e a Receita Federal. A primeira, deflagrada em junho de 2014 e ainda não encerrada investiga 11 administradoras de shoppings suspeitas de sonegação de R$ 100 milhões.

Outros setores da economia também deverão ser alvos, segundo o secretário municipal de Finanças, Marcos Cruz.

A Receita Federal e a Secretaria de Finanças fecharam convênios para troca de informações.
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