Às vésperas do Exame Nacional do Ensino Médio, o novo Enem, fica quase impossível para o concursando tomar alguma medida que signifique uma grande mudança no resultado. Contudo, alguns detalhes são essenciais para que o candidato atue com toda capacidade e não caia em “armadilhas”.

Pensando nisso, o Olhar Direto consultou o professor e coordenador do Colégio Master, Paulo Roberto de Andrade, e trouxe alguns ‘macetes’ aos leitores. Há muitos anos no ramo, ele revela algumas das dicas que dá aos seus alunos.

Em primeiro lugar, é preciso que o “vestibulando” encare o dia como outro qualquer na rotina de estudos. Para quem fica em dúvida do que é um dia normal de um estudante, o professor detalha: “Ler um jornal, ficar atento aos temas sociais e de direitos humanos, além de dormir cedo”.

Destaque para os trechos “ler um jornal e ficar atento aos temas”. Segundo Andrade, isso pode ser importante na redação. “Na prova que foi anulada o tema envolvia o idoso. Nós estávamos na Semana do Idoso”, explicou.

Voltando ao dia normal, é bom evitar uma alimentação fora da rotina. “Não é hora de se comer um feijoada”, brinca o professor. Inclusive, ao contrário do que a maioria acredita, a ingestão de chocolates, doces e cafeínas antes ou durante a prova é desaconselhável.

“O chocolate é uma bomba de glicose. Quando você come, o corpo a absorve muito rápido e isso pode causar sonolência”, adverte. O recomendável é tomar um café da manhã leve e levar ‘carboidratos’ – um sanduíche clássico de pão, queijo e presunto- de lanche para a prova.

A água durante a prova é indispensável. “Quando o corpo desidrata você também fica sonolento”, diz Andrade. Segundo ele, por isso é importante evitar o alto consumo de cafeína. O motivo? “Cafeína em excesso desidrata, exige o consumo de água, que por consequência faz você perder muito tempo indo ao banheiro”.

Indo para a prova

Acordar cedo e ir adiantado para o local da prova já é tópico repetido na cabeça do inscrito em concursos e vestibulares. Com o Enem não será diferente. E Andrade dá uma dica específica: “Quem vai fazer a prova na Unic, ou na Unirondon, é melhor deixar o carro na (Avenida) Carmindo de Campos e ir a pé. Seguir de carro é correr o risco de ficar preso no trânsito”.

Na resolução

Apostar nas questões fáceis e no conhecimento dominado é o fator preponderante para Paulo Roberto de Andrade. Ele conta que a prova é longa, cansativa e tem um método de avaliação que beneficiará quem adotar essa estratégia.

O professor explica que o Enem é dividido em questões fáceis, médias e difíceis. Quem acertar uma questão difícil de uma habilidade e errar a fácil será considerado “chutador” e terá sua pontuação reduzida. “Por isso é importante fazer as fáceis e deixar as difíceis para depois”.

A expectativa de Andrade é que a nova prova do Enem siga os moldes da anulada e seja apresentada da seguinte forma: primeira quinzena de questões fáceis, segunda média e, a terceira e última quinzena de uma habilidade e competência difícil. Mas atenção, não há garantias de que será assim.

Na redação, o professor e coordenador é enfático: nada de inventar! A redação, segundo ele, tem que ser escrita de forma simples para não fugir do tema proposto. Novamente ele alerta: o tema deverá ser social, é preciso estar preparado para isso.

Para dosar o tempo gasto com cada questão, um relógio analógico é bem-vindo. O modelo clássico é porque os digitais, tais como os aparelhos celulares, são proibidos. O tempo estimado a ser gasto com cada questão é de três minutos. “É preciso estar atento para não se perder no tempo resolvendo uma questão”, ressalta.

Enfim, o Olhar Direto deseja boa prova a todos!