O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, afirmou nesta segunda-feira que foram duas as denúncias sobre o suposto assassinato de Eliza Samúdio. Uma das testemunhas teria, inclusive, se identificado para um policial antes de relatar o ocorrido. Desaparecida desde o início de junho, conforme depoimentos, ela teria sido espancada e morta por pelo goleiro Bruno e outros dois amigos.
Ainda conforme as denúncias, recebidas na quinta e na sexta, o corpo teria sido ocultado e as roupas queimadas pelo jogador do Flamengo. Segundo o delegado, porém, o caso continua sendo investigado como desaparecimento. "Morta ela só vai estar quando a gente achar o cadáver. Sabemos apenas que ela está desaparecida desde o dia 4 ou 5 de junho. A partir de agora, as informações não serão mais divulgadas, para evitar especulações", disse Moreira.
A Polícia Civil também aguarda a análise das imagens gravadas pelas câmeras de segurança do condomínio Residencial Turmalina, na região metropolitana de Belo Horizonte. Elas podem esclarecer se Eliza esteve no local depois do dia 4 de junho, data em que ela teria saído do Rio para Minas Gerais a convite do goleiro. As cenas também deverão confirmar a informação de que o suposto filho do jogador ficou no local nas últimas três semanas.
Em contato com a delegada Alessandra Wilke, na madrugada de sexta, o advogado do Bruno, que estaria ao lado do goleiro, afirmou que ele negava estar com o filho de Eliza. A mulher do goleiro, Dayane, também teria negado a existência da criança. Depois que foi encontrada, a mulher do goleiro disse que foi informada que Eliza teria abandonado o bebê no Rio.
Nesta segunda-feira, duas amigas de Eliza prestam depoimento à polícia. Uma em Belo Horizonte e a outra em Santos. A delegada espera ouvir o goleiro na Delegacia de Homicídios de Contagem, ou no Departamento de Investigações em Belo Horizonte, o mais rápido possível.
As buscas por Eliza, com autorização judicial, devem ser iniciadas ainda hoje no sítio. Uma outra propriedade rural do goleiro, em Minas, também será investigada nas buscas.