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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Entre o Grêmio e o sonho olímpico, Fernando celebra 'grande ascensão'

Desde muito cedo, a trajetória de Fernando no futebol tem mão dupla. Grêmio e Seleção Brasileira caminham lado a lado em sua carreira. Aos 13 anos, o guri de Erechim chegava ao Olímpico após passagem no Juventude. Dois anos depois, recebia a primeira convocação para a seleção sub-15. Aos 17, pisava nos profissionais do clube gaúcho ao mesmo tempo em que conquistava mais um título sul-americano com a amarelinha. A afirmação no Olímpico também coincide com o ápice na seleção, ao se sagrar campeão mundial sub-20, ano passado.


A história, portanto, deixa Fernando tranquilo. Pré-convocado por Mano Menezes para a Olimpíada, no meio do ano, tem certeza de que, se fizer um bom papel em Porto Alegre, tem muitas chances de ver o passaporte carimbado rumo a Londres.

- Para mim, é muito importante estar bem no Grêmio. Assim, as convocações vão surgir ao natural - conta, ao GLOBOESPORTE.COM.

Titular absoluto de Luxemburgo, atuou em todos os 12 jogos, Fernando elogia o técnico, mas também dedica a atual boa fase a Celso Roth, treinador em 2011.

O volante também comenta a parceria no meio-campo do Grêmio com Léo Gago e Souza e fala da expectativa de enfrentar novamente o clube de qual seu pai, João Martins, é funcionário há 16 anos. Domingo, encara o Ypiranga, de sua cidade natal Erechim, pelas quartas de final da Taça Farroupilha.

Confira os principais trechos da conversa:

Você vive uma boa fase, bem no Grêmio e pré-convocado para Londres. Como encarar o momento?
Estou feliz pelo reconhecimento, por estar numa ascensão muito grande. Daqui a pouco, vem as Olimpíadas, um título inédito para o Brasil... Para mim, o importante é estar bem no Grêmio, que as convocações surgirão ao natural.

Tem como só viver o presente no clube e esquecer a Olimpíada?
Eu sei da importância da competição, mas estou ciente de que a Seleção é uma consequência do que eu fizer no Grêmio.

Você é papa-títulos na Seleção. Além do Mundial sub-20, faturou três sul-americanos seguidos (sub-15, sub-17 e sub-20). O que esperar agora?
Quem sabe um título pela seleção principal, né? Uma Copa América seria bacana (risos).

Além da Seleção, qual o seu grande objetivo?
No Grêmio, temos um objetivo muito importante e claro no primeiro semestre, que é a Copa do Brasil. Temos muito a crescer ainda.

Qual é o papel do Luxemburgo no teu crescimento individual?
O Luxemburgo é muito bom treinador, indiscutível. Pela visão tática, técnica... Desde que chegou, procurou ajudar todos os jogadores. No início, pegou no meu pé, insistiu para eu aprimorar a virada de jogo. Se você notar, melhorei muito isso, viro a bola com mais facilidade agora. Me ajudou muito. E vai continuar ajudando, com certeza.

O trio de volantes (Fernando, Léo Gago e Souza) está chamando a atenção, com gols (marcou oito dos 31 na era Luxemburgo) e boas atuações.
É, o Luxemburgo pede que a gente tente aparecer como elemento surpresa à frente. Claro, o primeiro objetivo é marcar, depois sair para o jogo. Considero que o grande motor do time são os volantes, que ajudam o time andar, marcando e atacando.

Você teve chances aos 17 anos, mas só no ano passado deslanchou no Grêmio. A que você deve isso?
O que me ajudou mesmo foi a sequência de jogos pela Seleção, no Mundial sub-20. Consegui voltar de lá titular, campeão e justamente num Gre-Nal. Fui titular na vaga de Gilberto Silva, que se lesionou. Dali, não saí mais do time. Agradeço muito ao Celso Roth, que me deu a oportunidade, a confiança. Ele me disse: "Vai lá, joga como você jogou na Seleção"

No domingo, você encara o Ypiranga, clube no qual seu pai trabalha. Como vai ser?
É complicado... tenho o meu pão de cada dia aqui (risos). Eu torço muito pelo Ypiranga, não queria que caísse para a segunda divisão (só não cai para a Divisão de Acesso do Gauchão se vencer o turno). O meu pai é torcedor fanático, mas torce por mim primeiro.

A sua família virá a Porto Alegre?
Eles são discretos. Eu sempre tenho que insistir. Minha mãe (Dona Neusa) gosta de ficar sossegada, com o radinho dela, meu pai também... A rotina é corrida, mas eu tento sempre visitá-los para matar a saudade.
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