O presidente da CBF, José Maria Marin, insiste que a conquista da seleção da Copa das Confederações no domingo será importante para "dar confiança" ao time. Mas alerta: "A meta não pode ser esse torneio". "Nossa meta é 2014. Não podemos perder o foco", disse. Em entrevista exclusiva ao Estado, Marin falou da vitória no Maracanã, das acusações que vem sofrendo e da preparação do grupo para a Copa do Mundo.
Durante o jogo, Marin era um dos mais emocionados e usou cada instante para mostrar que era ele o presidente da CBF. Pressionado pelo governo e isolado pela Fifa, Marin foi colocado de lado pelos organizadores do torneio. Mas não dá qualquer sinal de que poderá renunciar ao seu cargo. Eis os principais trechos da entrevista:
Como o senhor avalia a vitória da seleção?
JOSÉ MARIA MARIN - Foi um grande jogo. Eles estão todos de parabéns. Foi uma vitória muito importante e com muita categoria. Isso será muito importante para dar confiança ao time a partir de agora.
Até que ponto a conquista pode pesar na preparação de 2014?
JOSÉ MARIA MARIN - Isso é central. Precisamos ter os pés no chão. Nossa meta é 2014. Não podemos perder o foco. Só a conquista da Copa do Mundo interessa.
A vitória garante o técnico Luis Felipe Scolari no comando de uma forma inquestionável?
JOSÉ MARIA MARIN - Não era essa vitória que determinaria seu futuro. Ele criou um time e, como eu já disse, enquanto eu for presidente da CBF ele será o técnico da seleção. Seu papel está sendo fundamental.
O senhor vem sendo pressionado e atacado por inimigos dentro do governo e por outros cartolas. O que o tem a dizer sobre isso?
JOSÉ MARIA MARIN - Está tudo tranquilo. Não existe nenhum problema. O que se fala faz parte de intrigas e tem como meta afetar a eleição (na CBF) em 2014.