A não aprovação do código florestal na Câmara dos Deputados e a manutenção da legislação ambiental atual coloca os plantadores de cana de açúcar, principalmente da região nordeste, em situação gravíssima. A constatação é do presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), Paulo Leal, que promoveu em Brasília, nesta quarta-feira (4) um debate sobre a revisão da Lei 4870/1965, que rege o setor sucroenergético.

De acordo com Paulo Leal, a atual legislação, em vigor desde 1965, praticamente inviabiliza 50% das áreas de plantio no nordeste e coloca os produtores em situação muito sensível. Segundo ele, o impasse entre o relator do código florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP), em relação às áreas consolidadas, preocupa também o setor da cana.

“A maior parte dos canaviais da região nordeste é anterior à consolidação da legislação. As áreas consolidadas de cana estão situadas em regiões montanhosas, como ocorre com a uva no sul do país e o café em Minas Gerais e no Espírito Santo. A alta de acordo neste item colocou os plantadores de cana em alerta”, afirmou em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

Os plantadores de cana engrossaram o coro do setor produtivo, que faz uma verdadeira vigília no Congresso Nacional pela aprovação do código florestal. Representantes de entidades prometem participar durante todo o dia de reuniões e da mobilização pela aprovação do texto.