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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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CONFLITO

Índios kaiapós mantêm funcionário da Funai refém no Norte do Estado

Vários índios da etnia Kaiapó estão mantendo refém um servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Colíder (650 km de Cuiabá), cobrando da autarquia federal a demarcação da terra indígena Capoto Jarina – localizada no extremo Norte de Mato Grosso, próxima à divisa com o Pará.


O funcionário da Funai está em poder dos indígenas desde ontem, mas o coordenador da Funai no Nortão, Sebastião Martins, disse que o manifesto dos kaiapós é pacífico.

Esta não é a primeira vez que os índios pegam servidores da fundação como reféns, por motivações diversas. Em novembro do ano passado, dezenas de kaiapós mantiveram o próprio coordenador refém, exigindo que a Funai reconduzisse o cacique Megaron Txucarramãe ao cargo de coordenador da unidade.

A demarcação da terra indígena Capoto Jarina é alvo de conflito nos últimos dias. O Ministério Público Federal (MPF) cobrou, nesta terça-feira, uma atuação imediata da Funai para que coordene e articule o comparecimento de uma equipe à região, juntamente com o grupo tático da Polícia Federal, para apurar a situação de conflito na aldeia e intermediar uma solução pacífica.

Há sete dias, após a explosão de uma camionete da Funai que havia sido usada pelos índios, cerca de 160 kayapós da terra indígena Capoto Jarina deslocaram-se para a aldeia Kapotnhinore e o clima ficou tenso. Os índios reivindicam a presença da Polícia Federal para denunciar a prática de crimes ambientais, dentro eles desmatamento ilegal e pesca predatória, na área tradicional de ocupação e uso do povo kayapó.

Além disso, os índios querem a apuração das causas da explosão da camionete, que eles denunciam ter sido um ato criminoso.
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