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Quarta-feira, 03 de julho de 2024

Notícias | Agronegócios

Plantio Direto contribui para redução do aquecimento global, dizem especialistas

Os benefícios do Plantio Direto (PD) para redução do aquecimento global e outros problemas ambientais. Esse foi o principal assunto discutido durante audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa nesta terça-feira (22), no Plenário das Deliberações Rêne Barbour. Requerida pelo presidente da Casa de Leis José Riva (PP) e o deputado Dilceu Dal Bosco (DEM), a audiência contou com a participação de diversos segmentos rurais e setores ligados ao tema.


Durante o debate, duas palestras foram proferidas. Uma delas conduzida pelo presidente da Confederação Americana de Associações para uma Agricultura Sustentável, Ivo Mello. Ele discorreu sobre iniciativas que buscam a sustentabilidade ambiental, apresentando dados de rentabilidade quando a agricultor adota o mecanismo de Plantio Direto sobre a palha. Segundo ele, dados mostram que, devido o crescimento populacional, há necessidade de aumentar ao menos 60% da produção dos cereais. “O grande desafio é gerar o desenvolvimento social, econômico e ambiental e, ao mesmo tempo, continuar garantindo a rentabilidade ao agricultor”.

Conforme Ivo Mello, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking de adoção do Plantio Direto de maneira voluntária e tem ganhado destaque fora do país pelas por essas iniciativas de sustentabilidade. Citou, por exemplo, o programa “Produtor de Água”, realizado em São Paulo, em que a Agência Nacional da Água paga por serviços ambientais. “Temos que parar com essa história de que o produtor rural é o patinho feio da história. Somos ”, declara.

Já com o tema “O plantio direto como base do sistema de produção visando o sequestro de carbono em MT”, o professor e doutor João Carlos Conte Sá, fez uma breve apresentação sobre as consequências do efeito estufa e como a prática de plantio direto pode contribuir na captura de carbono. “Somos produtores de alimentos e fibras onde há compensação. Os números comprovam que o plantio direto trata-se de um mecanismo com capacidade de desenvolver um sistema de produção com base na produção de carbono”.

De acordo com o especialista, a aplicação da palha, por exemplo, no plantio direto reduz as perdas de minerais e nutrientes, bem como diminui a emissão de gases que colaboram para aumentar a temperatura devido ao efeito estufa. “Começamos a reduzir perdas para o lençol freático, de partículas para o solo, diminuímos a emissão de gases, além de mantermos o coberto, melhoramos os serviços ambientais e produzimos mais”, enumera Sá.

O presidente Riva afirmou que a presença de representantes dos segmentos, bem como o acompanhamento da audiência via televisão por parte de mil acadêmicos de duas universidades, é demonstração de interesse da sociedade a cerca da discussão. “Eu e Dilceu vamos nos encarregar de começar a conversa com os deputados e conscientizá-los da importância de aprofundar um pouco mais nesse assunto, de buscar mais conhecimento, especialmente, do sistema de plantio direto e a relação com emissão e sequestro de carbono”, declarou o deputado, que chegou a defender a realização de um seminário específico voltado aos colegas parlamentares.

Já o deputado Dilceu salientou que as palestras mostram que o setor produtivo está no caminho certo quando investe no plano direto com cobertura total. “Está na hora de começar a debater esse tema e fazer um contraponto a tantas críticas que o setor produtivo sofre no nosso estado. Ao mesmo tempo em que fazem essa produção, eles estão prestando o serviço à comunidade, pois, retém e sequestram o carbono. Muitos dizem que o agricultor é o vilão, mas é o contrário. Bem feita, a agricultura reduz o aquecimento global e o efeito estufa”, concluiu Dal Bosco.
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