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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Onda de violência no Quirguistão deixa 400 mil deslocados e refugiados

Violência aumentou no Quirguistão após queda do presidente; entenda a crise

Em abril, depois de elevar preços de energia, o presidente Kurmanbek Bakiev foi pressionado por manifestações até abandonar o poder. Assumiu interinamente a ministra de Relações Exteriores, Roza Otunbaieva, que convocou eleições para dali a seis meses. Um referendo sobre a nova constituição está previsto para o dia 27 de junho, que, se aprovado, dá mais poder ao Parlamento. O objetivo é evitar a concentração de poder em única pessoa ou família. Há suspeitas de que a família de Bakiev, alijada do poder, esteja por trás da violência para desestabilizar o governo em exercício.

O vice-presidente do governo provisório do Quirguistão, Azimbek Beknazarov, declarou nesta quinta-feira que as autoridades retomaram o controle de Osh, cidade no sul do país, onde na sexta-feira passada explodiram confrontos étnicos que causaram pelo menos 191 mortes, segundo números oficiais.

"A cidade começa a trabalhar", disse Beknazarov em entrevista coletiva na qual, no entanto, admitiu que na quarta-feira à noite houve alguns tiroteios nos subúrbios da cidade, informou desde Biskek a agência oficial russa "RIA Novosti".

O vice-presidente destacou que o Governo provisório conta com forças suficientes para controlar a situação.

"Ismail Isakov (ministro da Defesa interino e delegado especial do Governo para a zona sul do país) disse que não será necessário enviar mais soldados", disse Beknazarov.

Há apenas cinco dias, a presidente interina do Quirguistão, Rosa Otunbayeva, tinha pedido à Rússia o envio urgente de forças de paz para dar fim aos confrontos.

No entanto, o Governo russo respondeu que considerava o conflito um "assunto interno" do Quirguistão, embora tenha se mostrado aberto ao estudo da solicitação pela Organização do Tratado de Segurança Coletiva.

O Quirguistão, com uma superfície de quase 200 mil quilômetros quadrados, tem uma população de 5,3 milhões de habitantes, dos quais cerca de 14% são uzbeques, que residem principalmente no sudoeste do país, região atingida pela onda de violência.
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