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Domingo, 28 de julho de 2024

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Morales diz que não negociará modificações na nova Constituição do país

Embora aberto ao diálogo com a oposição, o presidente da Bolívia, Evo Morales, deixou claro hoje (27) que não negociará modificações na nova Constituição do país, aprovada pela população boliviana em referendo nacional, no último domingo (25).


“Se querem um pacto, haverá um pacto para aplicar a nova Constituição Política do Estado. Não haverá um pacto para revisar, para modificar, porque deve se respeitar a decisão soberana do povo”, disse Morales em reunião de trabalho, segundo a Agência Boliviana de Informação (ABI).

Ontem (26), em um sinal de que o governo central continuará tendo problemas com seus opositores, o presidente do Comitê Cívico pró Santa Cruz, Branco Marinkovic, declarou que Morales deve buscar consensos com todos os bolivianos de todas as regiões do país antes de impor “sua nova Constituição”.

O projeto da nova Constituição foi aprovado em dezembro de 2007, em processo tumultuado, sem a participação de diversos constituintes da oposição. Confrontos e mortes foram registrados na cidade de Sucre. Após aprovação do projeto da nova Constituição, os departamentos de Santa Cruz, Pando, Beni e Tarija, os mais ricos do país, declararam autonomia e, meses depois, confirmaram tal autonomia em referendos regionais.

Retomadas as negociações, governo e oposição fecharam acordo para que a nova Constituição fosse levada à consulta popular.

Há seis meses, a população boliviana também teve a oportunidade de votar sobre a continuidade do mandato de Evo Morales. O referendo revocatório foi convocado pelo presidente justamente em razão da crise desencadeada pela aprovação da nova Constituição. A consulta popular ocorreu em agosto do ano passado e Morales foi confirmado no cargo por 67% da população.
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