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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Após Brasil, Argentina reconhece Estado palestino com fronteiras de 1967

Cristina Kirchner reconhece 'Estado livre e independente'


A Argentina anunciou nesta segunda-feira que reconhece o Estado palestino com suas fronteiras de 1967, poucos dias depois de o governo brasileiro adotar a mesma medida.

Segundo o chanceler argentino, Héctor Timerman, a presidente do país, Cristina Kirchner, enviou uma mensagem a seu colega da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, reconhecendo 'um Estado (palestino) livre e independente, dentro das fronteiras existentes em 1967'.

Os territórios palestinos em questão incluem a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza. Estas áreas foram ocupadas por Israel depois da Guerra dos Seis Dias, deflagrada em junho de 1967, na qual Egito, Jordânia e Síria foram derrotados.

Na última sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil também anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconhecia o Estado palestino com as fronteiras demarcadas em 1967.

O anúncio do Brasil ocorre depois de Abbas enviar uma carta a Lula, em 24 de novembro, pedindo o reconhecimento. A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) saudou a decisão brasileira, enquanto Israel manifestou 'decepção'.

Missão diplomática

O chanceler argentino afirmou, segundo a agência estatal Telam, que o país 'tradicionalmente tem defendido o direito do povo palestino de constituir um Estado independente, assim como o direito do Estado de Israel de viver em paz junto a seus vizinhos dentro das fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas.'

'Com esse objetivo, nosso país apoiou sempre as iniciativas da comunidade internacional dirigidas a obter uma solução justa, pacífica e definitiva do conflito palestino-israelense', disse Timerman durante entrevista coletiva no Palácio San Martín - sede da diplomacia argentina.

O chanceler lembrou que a Autoridade Palestina abriu uma missão diplomática em Buenos Aires em 1996, enquanto a Argentina inaugurou sua representação em Ramallah em 2008.

Timerman disse que a Argentina é favorável aos direitos humanos e contra o terrorismo, assim como se declara contrária à política de construção de assentamentos judeus em territórios ocupados.

O chanceler também destacou as 'relações de amizade e cooperação' do Mercosul com Israel, relembrando que o acordo de livre comércio firmado com o Estado judeu foi o primeiro do bloco sul-americano fora do continente.

A Argentina tem a maior comunidade de judeus da América Latina, com cerca de 200 mil pessoas. Em 1994, um atentado a bomba contra uma associação judaica em Buenos Aires matou 85 pessoas e feriu centenas de outras. Até hoje, ninguém foi condenado pelo episódio.
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