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Quarta-feira, 31 de julho de 2024

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Após foguete norte-coreano, China pede "calma" à comunidade internacional

O governo chinês pediu calma e moderação à comunidade internacional após a Coreia do Norte lançar um foguete de longo alcance neste domingo. O lançamento, que segundo Pyongyang tem fins pacíficos, foi visto como uma provocação pelos aliados da Coreia do Sul e provocou a convocação de uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).


Conforme a Coreia do Norte, o foguete tem como objetivo apenas colocar um satélite experimental de telecomunicações em órbita. Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, porém, dizem acreditar que o lançamento disfarça um teste do míssil de longo alcance Taepodong-2.

"Esperamos que as partes envolvidas permaneçam calmas e lidem de forma apropriada para que juntas possam manter a paz e a estabilidade na região", afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Internacionais da China, Jiang Yu. A China é o maior aliado e parceiro comercial da Coreia do Norte.

O apelo chinês acontece horas após grande parte da comunidade internacional condenar o lançamento. O secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon, disse que o ato não ajuda em nada nos esforços para assegurar a paz e a estabilidade regionais e instou a Pyongyang a cumprir as resoluções do Conselho de Segurança.

"Devido à instabilidade na região, um lançamento deste tipo não vai em direção aos esforços para promover o diálogo, a paz regional e a estabilidade", afirmou o secretário-geral em um comunicado divulgado pelo seu escritório de imprensa.

Tom semelhante foi adotado pela UE (União Europeia), que intimou o governo de Pyongyang a suspender seus programas balístico e nuclear. "Atos como esse aumentam a tensão na região no momento em que a questão nuclear na península coreana necessita de uma cooperação mútua", afirmou, em comunicado, a presidência da UE.

Menos moderados, Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul informaram que irão à ONU para exigir medidas punitivas. O Japão afirmou neste domingo que pedirá o prolongamento das sanções a Coreia do Norte na reunião emergencial no Conselho de Segurança.

Citando a resolução número 1.718 do Conselho de Segurança, que proíbe Pyongyang de "realizar atividades balísticas de qualquer natureza", o presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, afirmou que o governo norte-coreano "se isola cada vez mais da comunidade internacional". "Espero que a Coreia do Norte respeite todas as resoluções do Conselho de Segurança e não cometa mais ações provocativas."

Conforme especialistas, o míssil de longo alcance Taepodong-2 teria a capacidade de atingir os Estados norte-americanos do Alasca de do Havaí. O Departamento de Estado americano qualificou o lançamento como uma "provocação" e afirmou que o ato levará os Estados Unidos a tomar os "passos apropriados". "A Coreia do Norte não pode ameaçar a segurança de outros países e sair impune", disse o porta-voz do Departamento de Estado Fred Lash.
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