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Quarta-feira, 31 de julho de 2024

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Tribunal chinês condena dois tibetanos à morte por conflitos

Dois tibetanos foram condenados à morte por sua atuação nos conflitos entre tibetanos e tropas chinesas em março de 2008, na capital regional tibetana de Lhasa, informou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua nesta quarta-feira.


Eles foram considerados culpados por "iniciar um tiroteio" durante o conflito, disse um porta-voz do tribunal, citado pela agência. Dois outros tiveram suas sentenças de morte suspensas, e um terceiro foi condenado à prisão perpétua.

Em 14 de março de 2008, tropas do Exército chinês isolaram os três maiores mosteiros em Lhasa para tentar conter protestos contra a dominação da China sobre o Tibete. Os protestos se espalharam pela região e forçaram as forças de segurança chinesas a se mobilizarem para o oeste da China. Segundo o governo chinês, 19 pessoas morreram nos protestos, mas organizações tibetanas no exílio dizem que a repressão policial causou mais de 140 mortes.

Segundo a Xinhua, os cinco réus foram julgados em três casos diferentes de princípio de incêndios letais, que, no total, mataram sete pessoas em Lhasa. Outra denúncia de incêndio, com um balanço de cinco mortos e uma loja destruída, está sendo julgada nos tribunais de Lhasa, mas até agora não há sentença para este caso.

Depois dos distúrbios do ano passado, Pequim informou que a polícia chinesa deteve 1.317 pessoas, das quais 1.115 foram libertadas.

Até o momento, mais de 50 pessoas foram condenadas no Tibete a penas que variam entre três anos de detenção e prisão perpétua.

Um ano depois, tropas e a polícia ao redor das regiões tibetanas parecem ter impedido uma rebelião em grande escala. Alguns protestos isolados nas últimas semanas sugerem que o descontentamento continua. Num dos atos, um monge ateou fogo ao próprio corpo no monastério Kirti, na Província de Sichuan, e uma bomba foi jogada em um escritório do governo, sem vítimas.

No mês passado, o líder espiritual tibetano no exílio, dalai-lama, lamentou que o Tibete, do qual ele escapou há 50 anos após uma fracassada revolução contra o domínio chinês, tenha se tornado um "inferno na terra" graças ao repressivo regime de Pequim
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