Os EUA afirmaram nesta quinta-feira (16) que as propostas vindas do círculo do ditador da Líbia, Muammar Kadhafi para realizar eleições democrnn náticas chegaram "um pouco tarde" e que os dias do coronel no poder estão contados.
As declarações da porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, foram feitas depois que um enviado russo disse que lhe haviam garantido que o regime de Kadhafi mantinha contatos com os rebeldes e que o filho do ditador havia proposto a celebração de eleições sob supervisão internacional para sair da encruzilhada.
"É um pouco tarde para qualquer proposta de Kadhafi e seu círculo para uma mudança democrática. É tempo de ele partir", afirmou Nuland.
Nuland descreveu que o líder líbio está cada vez mais isolado, após sofrer a deserção de cerca de 50 oficiais de alta patente de seu governo, em meio a uma campanha da Otan para tirá-lo do poder depois de mais de quatro décadas.
"Está ficando cada vez mais sozinho, mais isolado. Seus dias estão contados", assegurou.
Em Trípoli, o primeiro-ministro líbio, Baghdadi Mahmudi, assegurou que a saída de Kadhafi do poder é uma "linha vermelha" que não deve ser ultrapassada.
Mas o filho de Kadhafi, Seif al Islam, assegurou ao jornal italiano "Corriere della Sera" que a realização de "eleições imediatas e com supervisão internacional" será a única forma indolor de sair desta situação.
"Poderíamos tê-las (as eleições) dentro de três meses. No máximo no fim do ano. E a garantia de transparência poderia ser a presença de observadores internacionais", declarou.