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Crise aumenta desemprego na Austrália e reduz cota de imigrantes

09 Abr 2009 - 09:03

Celeste Lustosa - Da Austrália especial para o Olhar Direto

Foto: bp.blogspot

Crise aumenta desemprego na Austrália e reduz cota de imigrantes
O governo publicou recentemente um relatório das finanças da Austrália, que alarmou a maioria dos australianos e mostrou o quanto a crise mundial já afetou, e ainda pode afetar mais o país. E isso se traduz em números. Segundo o Ministro do Tesouro da Austrália, Wayne Swan, a crise mundial financeira já sugou $40 bilhões dos cofres do governo federal.


O dólar australiano, que já teve o mesmo poder de compra do americano, está desvalorizado e, na Austrália, o US dólar também vale mais do que deveria. E a taxa de desemprego, que sempre esteve na margem de 1,5%, mês passado chegou a 4%, com previsões que aumente mais 1% em 2010.

Semana passada, a Holden – representante da GM no país, anunciou uma redução na carga horária dos seus funcionários, e consequente redução nos salários, como medida para não haver demissões. Essa tem sido a prática de várias outras empresas de pequeno, médio e grande porte.

Mas, pelo fato do governo ter gerenciado com responsabilidade as finanças do país, e ainda provido uma ajuda de custo a população - ação elogiada até pelo atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a Austrália ainda está a frente da maioria dos países do mundo, no que diz respeito a desenvolvimento econômico.

Tudo indica que a Austrália, assim como o resto do mundo, terá um ano difícil, sem esperar crescimento econômico, apesar de todo o esforço do governo federal, inclusive com medidas polêmicas para proteger os empregos australianos, como diminuir em quase 15% o número de permissão de vistos para imigrantes.

O ministro de Imigração, Chris Evans, disse que o andamento da crise econômica vai guiar o número de novos imigrantes na Austrália. Nos anos de 2007 e 2008, foram consedidos vistos para mais de 150 mil pessoas, sendo que mais de 150 mil delas entraram no país com qualificações e prontos para o mercado de trabalho. Os ingleses conpõe o maior grupo de imigrantes para a Austrália.

“A nossa previsão é que o número de concessão de vistos diminua ainda mais em 2010, mas obviamente estaremos revisando esses números constantemente”, disse Evans em entrevista recente.

Para o Primeiro Ministro Kevin Rudd, o número de imigrantes pode ter impacto relevante no número de australianos sem empregos. Apesar dos grandes empregadores de mão-de-obra qualificada estrangeira ter mandado a mensagem ao governo de que ainda é muito cedo para fechar a torneira das cotas de vistos.

Bem, acredito que assim como o resto do mundo, a Austrália está rodeada de previsões, mas também de incertezas. Mas, uma coisa posso afirmar com convicção – não é fácil ser imigrante em momento de crise.
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