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Quarta-feira, 31 de julho de 2024

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Legionário brasileiro diz que cometeu crimes por estar farto de provocações

O legionário francês de origem brasileira que matou na terça-feira dois companheiros, um soldado togolês e um camponês chadiano em Abeche, leste do Chade, "estava farto de sofrer provocações de seus colegas", segundo afirma nesta sexta-feira o jornal chadiano Le Progrès.


"Ele disse que cometeu os crimes porque estava sendo ameaçado por seus camaradas. Josafá de Moura da Silva Pereira 'estava farto das provocações dos dois legionários que matou'", assinala a publicação.

O principal jornal do país não diz se chegou a falar diretamente com o brasileiro alistado na Legião Estrangeira francesa ou se as declarações foram feitas a gendarmes.

Segundo o jornal, o legionário "jura não ter visto o soldado togolês" da missão das Nações Unidas (MINURCAT), que também matou no Campo das Estrelas de Abeche (leste).

Segundo este testemunho, citado pelo Le Progrès, o legionário quis comprar um cavalo e um turbante de um camponês chadiano. "Depois de comprar, o camponês teria mudado de idéia, e chegou, segundo ele, a impedir sua passagem".

"Eu estava nervoso, então decidi acabar com ele", teria dito o legionário.

"Da Silva Pereira escondeu sua arma Famas (fuzil de assalto utilizado pelos militares franceses) em algum lugar e empreendeu sua volta a Abeche, vestido de civil. Foi detido no momento em que buscava água", conclui Le Progrès.

O legionário, que foi detido na quinta-feira depois de dois dias de fuga, será entregue em breve às autoridades francesas, segundo o regulamento sobre o estatuto dos soldados da força europeia Eufor mobilizada no Chade.

Na terça-feira, vítima de um acesso de loucura, segundo os militares franceses, Josafá de Moura Pereira, de 26 anos, assassinou dois companheiros e depois um soldado togolês d MINURCAT e um camponês chadiano.

Os legionários, um sargento de origem guineana e um legionário de primeira clase de origem romena, faziam parte da Eufor, força europeia de manutenção da paz nesse país da África Central, enquanto que o togolês integrava a MINURCAT 2, a missão das Nações Unidas que substitui os europeus nessa missão.
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