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Quarta-feira, 31 de julho de 2024

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Itália avalia danos causados por tremores; UE envia especialistas

Após cinco dias, o governo italiano começa a avaliar os danos causados pelo terremoto que atingiu a região de Abruzzo, no centro da Itália, na segunda-feira passada (6), matou 291 pessoas e danificou cerca de 10 mil edificações.

Após cinco dias, o governo italiano começa a avaliar os danos causados pelo terremoto que atingiu a região de Abruzzo, no centro da Itália, na segunda-feira passada (6), matou 291 pessoas e danificou cerca de 10 mil edificações. A União Europeia (UE) anunciou que ajudará nos trabalhos e enviará especialistas para avaliar a segurança dos edifícios.


Engenheiros vindos de todo o país visitam os apartamentos e casas da região para decidir o que tem de ser destruído, resgatado, ou o que é habitável diante dos cerca de mil novos tremores que atingiram a região desde segunda-feira passada e que podem continuar por meses, segundo Instituto nacional de Geologia e Vulcanologia italiano.

Membro de equipe de bombeiros procura por vítimas embaixo de escombros de um dos cerca de 10 mil edifícios 

"Infelizmente, vamos comemorar Páscoa aqui. Gostaria de estar com minha família", disse Anna Parisse, 70, em um dos campos onde se amontoam cerca de 24 mil desabrigados de Áquila, cidade mais atingida pelo terremoto, e de seus arredores. Ela, como tantas outras pessoas, terá que esperar o fim do trabalho dos engenheiros civis.

"Os engenheiros ainda não começaram a trabalhar no centro histórico. Eles estão inspecionando a parte oeste da cidade, a área mais poupada pelo terremoto", explicou Massimiliano Cordeschi, diretor-geral dos serviços municipais de Áquila.

Na manhã deste sábado, cerca de 60 pessoas faziam fila diante de uma creche para declarar seu domicílio e solicitar a visita dos engenheiros.

"Dentro de um prazo de dois a 15 dias, dependendo do bairro onde moram, ligamos para eles e marcamos uma visita com os peritos", destacou Cordeschi. "Mais de 18 mil pessoas vieram aqui desde terça-feira (7). Atendemos 6.000 a 7.000 por dia. Nosso horário normal de fechamento é as 18h30 [11h30 no horário de Brasília], mas nunca paramos antes das 23h30 [18h30 no horário de Brasília]", afirmou, pedindo paciência aos moradores a medida que a fila aumentava.

Longas filas

"Todos nossos computadores foram destruídos. Estamos aproveitando para refazer o estado civil", frisou Cordeschi, que estima em 8.000 o número de pessoas a registrar.

"Demolições já foram decididas. Outros lugares já podem receber pessoas. No entanto, com exceção de uma ou duas pessoas que não têm medo, ninguém voltou para sua casa", declarou o diretor, num momento em que dois tremores secundários eram sentidos em menos de dez minutos.

Rossana Totani, outra moradora, aguardava a visita dos peritos mas também tinha suas dúvidas. "Para quê vistoriar, se os tremores continuam? Não sabemos o que pode acontecer. Vou ficar debaixo da barraca, onde não corro o risco de ver o teto cair na minha cabeça", comentou.

Cerca de 10 mil edifícios e casas foram danificados ou destruídos pelo violento terremoto, que deixou pelo menos 291 mortos e milhares de desabrigados.

Ajuda europeia

A UE afirmou neste sábado que França, Grécia, Alemanha, Espanha e Suécia já se ofereceram para colaborar com os trabalhos de avaliação de risco em Abruzzo.

A medida é uma resposta ao pedido do governo italiano pelo envio de ao menos oito especialistas europeus para ajudar a normalizar a situação, afirmou a Comissão Europeia (órgão executivo do bloco), em comunicado.

Cerca de 40 mil pessoas estão em alojamentos temporários e hotéis à espera de poder retornar para casa, após se confirmar a segurança dos edifícios atingidos.

França, Grécia, Alemanha, Espanha e Suécia já se comprometeram a enviar dez especialistas, que devem estar em Roma no início da semana. A Comissão afirmou que está à espera de que outros Estados-membros ofereçam seu apoio ao longo do dia.

"Estamos diante de um desastre humano muito grande. A Europa mostra sua solidariedade e responde rapidamente ao pedido da Itália", disse o comissário de Meio Ambiente da UE, Stavros Dimas.

Dimas agradeceu a rapidez aos países da UE que já ofereceram o envio de especialistas à área, assim como o esforço das autoridades italianas, especialmente, do departamento de Defesa Civil.

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