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Quarta-feira, 31 de julho de 2024

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No 3º dia de protestos, 4.000 pedem renúncia do presidente georgiano

Cerca de 4.000 manifestantes se reuniram neste sábado, em Tbilisi, capital georgiana, para pedir, pelo terceiro dia consecutivo, a renúncia do presidente georgiano, Mikhail Saakashvili. A oposição critica Saakashvili pela desastrosa guerra com a Rússia em agosto passado pelo controle das regiões separatistas Ossétia do Sul e Abkházia.


Os protestos são liderados por uma coalizão de mais de uma dúzia de partidos opositores. Os líderes da oposição afirmaram ainda que outros manifestantes bloquearam as ruas levando à Presidência e à sede da TV nacional. O presidente Saakashvili rejeita firmemente a renúncia e pede negociação com os manifestantes.

O número de manifestantes caiu de forma significativa desde o início dos protestos. Eles passaram de 60 mil na quinta-feira passada (9) a 25 mil nesta sexta-feira (10) e 4.000 neste sábado. Nesta sexta-feira (10), a oposição lançou um apelo a uma campanha de desobediência civil para pressionar o presidente Saakashvili.

"O sentimento de revolta na população é realmente muito forte", avisou Nino Burdjanadze, líder da oposição e ex-presidente do Parlamento, para quem o movimento está crescendo.

"Estamos mantendo a pressão em Saakashvili. Há menos manifestantes hoje, mas a quantidade não é o principal. Mesmo se houver apenas 20 pessoas, ele terá que nos ouvir", declarou Levan Tchelidze, um manifestante de 45 anos.

A insatisfação contra o presidente Saakashvili vem aumentando constantemente desde a guerra contra a Rússia, em agosto de 2008, que levou ao reconhecimento por Moscou da independência de duas regiões separatistas georgianas. A guerra foi desatada pela tentativa do presidente de retomar o controle da zona separatista pró-Rússia da Ossétia do Sul, rejeitada pelo Exército russo, que invadiu o território georgiano. Nos dias seguintes, a Rússia abriu uma nova frente de conflito na região separatista de Abkházia, no noroeste da Geórgia. Após pressão internacional, os dois países assinam um acordo de cessar-fogo.

Os líderes da oposição prometeram mobilizar 100 mil pessoas e manter a pressão até obter a renúncia de Saakashvili e a convocação de eleições antecipadas. A oposição acusa o presidente de perseguir opositores e jornalistas, e de não fazer nada para lutar contra a pobreza que assola o país.


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