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Quarta-feira, 31 de julho de 2024

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Rixas internas minam aliança opositora a Cristina Kirchner

As discussões internas estão minando a aliança formada por forças conservadoras e peronistas dissidentes em oposição ao Governo Cristina Kirhcner, com as eleições legislativas de junho cada vez mais próximas na Argentina.


O peronista dissidente Felipe Solá, ex-governador da província de Buenos Aires, admitiu hoje "problemas" com seu aliado e prefeito da capital argentina, Mauricio Macri, líder da conservadora coalizão Proposta Republicana (PRO).

"Segunda-feira se saberá se seguimos juntos ou não", apontou Solá em entrevista ao canal "TN" da TV a cabo local.

Solá, distanciado desde o ano passado da governista Frente para a Victoria, facção controlada pelo Partido Justicialista (peronista), também reconheceu que manteve atritos com seu correligionário Francisco De Narváez, a quem acompanhará na lista de candidatos a deputados da aliança opositora.

"Há problemas de fundo, em relação ao olhar sobre a política nacional", comentou.

Solá acaba de aceitar que De Narváez lidere a lista opositora, mas agora ambos discordam com Macri sobre como completar as listas da província de Buenos Aires, o maior distrito eleitoral do país, e em outras zonas.

Enquanto isso, o ministro da Justiça, Aníbal Fernández, voltou a atacar Solá e o vice-presidente do país, Julio Cobos, a quem a União Cívica Radical, segunda maior força parlamentar, levantou uma "suspensão por vida" que tinha sido imposta em 2007 a ele por se aliar com a Frente para a Vitória.

Cobos poderá voltar às fileiras da UCR "quando completar seu mandato", em 2010, segundo opinou a direção do partido, que o vice-presidente pretende colocar como núcleo de outra aliança opositora, para irritação do Governo e do líder do peronismo, o ex-presidente Néstor Kirchner, marido e antecessor de Cristina Kircher na chefia de Estado.

A Argentina se encaminha para a renovação do Parlamento, em 28 de junho próximo, em meio a uma áspera polêmica pela possibilidade de que Kirchner, governadores e prefeitos peronistas liderem candidaturas.

Kirchner "já não é uma carta segura de triunfo para o Governo", assegurou hoje Solá, para quem o ex-presidente e líder do peronismo leva adiante "uma decisão desesperada que mostra que não pode vencer" nas próximas eleições.

Nas próximas eleições, serão renovadas metade das 257 cadeiras de deputados e um terço das 72 do Senado.
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