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Quarta-feira, 31 de julho de 2024

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Potências definem declaração sobre Coreia do Norte

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e o Japão chegaram a um acordo a respeito do esboço de uma declaração sobre o lançamento de um foguete de longo alcance pela Coreia do Norte no último fim de semana, disseram representantes de alguns dos países neste sábado.


Não foram divulgados de imediato detalhes do documento, mas diplomatas disseram que o texto, esboçado pelos EUA, é de forte teor.

O embaixador britânico na ONU, John Sawers, confirmou o acordo depois de quase duas horas de reunião que pôs fim a um impasse de uma semana sobre uma resposta do Conselho de Segurança da ONU ao lançamento do foguete pela Coreia da Norte, no domingo passado.

"Agora temos um entendimento entre os EUA, China, Rússia, Grã-Bretanha, França e Japão sobre um esboço de declaração da presidência para ser apresentada aos outros membros do conselho", disse Sawers aos repórteres.

Declarações presidenciais são declarações formais de posições do conselho, comunicadas pelo presidente do Conselho de Segurança. Elas são geralmente tidas como mais fracas do que resoluções.

A embaixadora dos EUA, Susan Rice, não quis revelar detalhes da declaração, mas disse: Achamos que este texto envia uma clara mensagem".

Todos os 15 membros do Conselho de Segurança iriam receber o esboço do texto em uma reunião a portas fechadas marcada para as 14h30 (15h30 na hora de Brasília), disseram diplomatas. Eles afirmaram ainda que a votação não deve ocorrer antes do início da semana, para que os diplomatas tenham alguns dias para analisar o texto.

O acordo, disseram, surgiu depois que o Japão declarou que iria dar seu apoio à declaração elaborada pelos EUA.

Os EUA, Japão e Coreia do Sul dizem que a Coreia do Norte lançou um míssil balístico de longo alcance, não um satélite, violando assim a resolução 1718 do Conselho de Segurança, que proíbe o disparo desses projéteis.

Embora a declaração não afirme que a Coreia do Norte está "violando" a resolução 1718, diplomatas disseram que o texto sugere que o lançamento não estava em conformidade com ela. Essa solução foi aceita pela China.

"É um texto que envia, como pretendemos, uma clara mensagem à Coreia do Norte, ao expressar nosso desagrado com o que aconteceu", disse o embaixador francês, Jean-Maurice Ripert.

O Japão pressionava por uma resolução que declarasse que a Coreia do Norte está violando a resolução 1718, mas a Rússia e a China, membros permanentes do conselho --e, portanto, detentores do direito de veto-- se opunham a isso. Eles não foram convencidos de que o lançamento do foguete fosse uma violação da resolução. A Coreia do Norte diz que o foguete foi lançado para colocar um satélite em órbita.
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