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Sexta-feira, 04 de outubro de 2024

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ONU: mulheres continuam sofrendo violência e discriminação

As mulheres de todo o mundo contam com mais direitos do que nunca, mas ainda são alvo de discriminação no local de trabalho e com muita frequência são vítimas de violência doméstica, indicou um relatório da ONU divulgado nesta quarta-feira.


O documento emitido pela ONU Mulheres elogiou o avanço das mulheres nas urnas, afirmando que atualmente o voto "quase universal" é a regra em todo o mundo, na comparação com um século atrás, quando apenas dois países permitiam que as mulheres votassem.

Mas apesar de as mulheres terem uma maior influência social e direitos políticos, as restrições no âmbito pessoal ainda atrasam seu desenvolvimento, segundo a nova agência das Nações Unidas liderada pela ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet.

"Frequentemente se nega às mulheres o direito ao controle sobre seus corpos, a voz na tomada de decisões e a proteção contra a violência", disse o relatório.

"Em torno de 600 milhões de mulheres, mais da metade das mulheresm que trabalham no mundo, tem uma situação trabalhista vulnerável, estão presas em empregos precários, em geral fora do âmbito da legislação trabalhista", diz.

Além disso, as mulheres recebem salários 30% menores que os homens por trabalhos comparáveis, indicou.

O relatório assegurou que "milhões de mulheres dizem ter vivido situações de violência em suas vidas, geralmente nas mãos de seu parceiro".

"Entretanto, uma característica dos conflitos modernos é que as mulheres são alvo sistemático de violência sexual", afirmou o relatório do grupo, cujo nome oficial é Entidade da ONU para a Igualdade de Gênero e a Outorga de Poderes à Mulher.

Em coletiva de imprensa, ao apresentar o documento, Bachelet criticou os países onde a lei discrimina as mulheres.

"Apesar de o império da lei ser um precioso princípio e se pode dizer que um dos pilares dos governos democráticos, em muitos países da lei ainda exclui as mulheres", disse.

E sustentou que ainda quando existem leis em vigor, "há enormes brechas de implementação".

O documento indicou que 186 países ratificaram uma convenção internacional que previa a erradicação da discriminação contra a mulher e promovendo a igualdade de gênero.

Mas 127 países não sancionaram o estupro dentro do casamento e 61 limitam o acesso ao abordo, completou.

"No entanto, a instituição da Justiça, da polícia, dos tribunais e o sistema jurídico não conseguem satisfazer as necessidades das mulheres", disse Bachelet.

O relatório pediu para redobrar os esforços "para fazer com que os tribunais sejam mais acessíveis às mulheres, que a polícia seja menos hostil a suas denúncias e outras reformas necessárias para a administração de Justiça".

Também destacou o estupro de mulheres em zonas de guerra.

"A violência sexual como tática de guerra foi utilizada de forma sistemática e deliberada há séculos", disse o relatório.

"É usada contra a população civil como um vetor deliberado de HIV, com o objetivo de gravidez forçada, para impulsionar as retiradas forçadas e populações e para aterrorizar comunidades inteiras".

A ONU Mulheres começou a trabalhar em janeiro, com a esperança de elevar a consciência sobre a violência de gênero e a discriminação.

Em seu relatório, pediu aos governos para derrubar leis discriminatórias contra a mulher, e investir em sistemas de Justiça que satisfaçam as n
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