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Sábado, 07 de setembro de 2024

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Partido Pirata sueco se prepara para disputar cadeira no Parlamento Europeu

Formado por "cibercidadãos" em 2006, o Partido Pirata sueco se prepara para uma das suas maiores empreitadas: concorrer, no início de junho, a uma cadeira no Parlamento Europeu, órgão legislativo da União Europeia.


Para ter sucesso nas eleições, o partido --que tem cerca de 12.000 membros-- deve manter vivas as discussões sobre privacidade on-line e convencer os eleitores de um conflito entre os partidos já estabelecidos na Suécia e o interesse público. É o que afirma o colunista do site da revista "Wired", Kerstin Sjoden, em seu blog.

O partido defende a ideia de que as pessoas deveriam estar aptas a copiar livros e músicas da internet gratuitamente para uso privado.

Sua proposta envolve uma reforma radical da lei de direitos autorais, a abolição do sistema de patentes e a garantia das leis de privacidade on-line.

"Se os políticos querem prevenir que cidadãos dividam arquivos, eles irão constantemente ter que expandir suas habilidades para o monitoramento", disse Christian Engström, um dos fundadores do partido.

"É necessário reformar a legislação de direitos autorais para assegurar os cidadãos de que sua privacidade será respeitada".

Debate quente

Pautado na defesa da liberação dos downloads, o Partido Pirata não teve muito sucesso nas eleições da Suécia em 2006, quando conseguiu apenas 0,63% dos votos válidos.

Para Engström, os tempos mudaram e, hoje, há no país muito mais pessoas discutindo o assunto. Ele acredita que a ampla cobertura feita pela mídia de casos relacionados ao assunto também têm favorecido o partido, como o recente julgamento envolvendo os donos do The Pirate Bay, um dos mais conhecidos sites de troca de arquivos.

Polêmicas têm favorecido as discussões dos temas abordados pelo partido. Na metade do ano passado, uma lei controversa permitiu que relatórios com monitoramento do tráfego na internet da Suécia fosse levado ao Parlamento do país, o que provocou intensa oposição dos cidadãos e um grande falatório em torno da questão da privacidade on-line.

Em seguida houve discussões em torno de uma lei que daria aos detentores de direitos autorais a possibilidade de conseguir um documento que permita identificar --e punir-- os responsáveis pela divulgação de downloads ilegais.

Os piratas precisarão de aproximadamente 100 mil votos para ter um membro eleito. Nas eleições da Suécia de 2006, o Partido Pirata angariou 35.000 votos.
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