Perto do encerramento da quinta edição da Cúpula das Américas, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, alimentava a esperança de ter conseguido melhorar a imagem de seu país entre os chefes de Estado e de governo da região e talvez até fazer novos amigos.

A Casa Branca qualificou a cúpula como produtiva. "Há uma grande esperança de que com todo esse contato comecemos de fato uma era de novas relações", declarou o conselheiro adjunto de segurança nacional, Denis McDonough.

Obama se reúne neste domingo com presidentes da América Central antes da última sessão de trabalho da cúpula em Trinidad e Tobago e concederá uma entrevista coletiva antes de embarcar de volta a Washington.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aparentemente ficou bem impressionado com Obama diante da promessa de promover uma relação de maior igualdade. Nos últimos anos, Chávez manteve um relacionamento nada amistoso com o antecessor de Obama, George W. Bush.

Depois de uma série de encontros cordiais com Obama, Chávez comentou com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, sobre a possibilidade de recuperação das relações bilaterais. Em setembro do ano passado, EUA e Venezuela expulsaram mutuamente os diplomatas mantidos pelo outro em suas capitais.

Chávez logo comentou que Obama "parece mais inteligente" que Bush.

Obama também manifestou um otimismo cauteloso ante a oferta de Cuba de negociações mais abrangentes, inclusive temas antes deixados de lado, como a liberdade de imprensa e a libertação de prisioneiros políticos. A proposta de Havana veio à tona depois de Obama ter adotado medidas que facilitam viagens e envio de remessas a Cuba