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Terça-feira, 30 de julho de 2024

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Itália defende vaga para União Europeia no Conselho de Segurança da ONU

O embaixador da Itália na ONU (Organização das Nações Unidas), Giulio Terzi, disse nesta quarta-feira que o país quer a inclusão da União Europeia entre os membros do Conselho de Segurança da entidade.


A proposta, defendida por Terzi diante da Assembleia Geral da ONU, já havia sido mencionada pelo ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, em uma entrevista dada recentemente ao jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung".

Na ocasião, o chanceler ressaltou a necessidade de promover uma reforma da ONU que "dê mais voz à Europa".

A Assembleia Geral promoveu nesta quarta-feira mais um encontro para discutir mudanças no Conselho de Segurança. Atualmente, as negociações se concentram na tentativa de aumentar o número de assentos no órgão, com a inclusão de representantes regionais.

Em sua exposição, o embaixador italiano lembrou que, dos 42 Estados que são sócios da ONU e têm menos de 1 milhão de habitantes, "37 nunca chegaram ao Conselho de Segurança".

Atualmente, o grupo é composto por 15 membros, sendo cinco permanentes e com direito a veto -- Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China -- e dez cujos mandatos são temporários e têm duração de dois anos.

Tal configuração, resultado do status das relações internacionais em 1945, ano em que foi criada a ONU, é tida hoje como obsoleta ante o surgimento de outros atores globais.

A proposta italiana, no entanto, não agradou a todos os presentes. O representante da Índia, Nirupam Sem, chegou a ironizar o desejo da Europa, definindo o continente como "uma península da Ásia" que está tendo dificuldades em evitar o "colapso econômico" dos países do Leste Europeu.

Em um encontro realizado na semana passada, a Itália havia sugerido também a extinção do veto para questões humanitárias, mas a ideia desagradou os membros permanentes do Conselho.

O Brasil tem grande interesse pela reforma do órgão, já que deseja ocupar um dos assentos fixos. Para tanto, sua diplomacia tenta se associar a nações que têm o mesmo objetivo, como Alemanha, África do Sul e Índia (com as quais o Brasil forma o chamado G4), e trabalha para conquistar o apoio do bloco africano, que conta com 53 países.

Para que seja implementada, uma reorganização no Conselho de Segurança precisa ter o aval de 128 países, o equivalente a 2/3 dos 192 sócios da ONU.
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