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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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China continuará comprando bônus do Tesouro americano

A China vai prosseguir comprando bônus do Tesouro americano, mantendo os mesmos como seu principal investimento em divisas, anunciou a vice-presidente do Banco Central chinês, em meio aos temores sobre a segurança dos ativos do país nos Estados Unidos.


"Investir em bônus do Tesouro americano é um elemento importante da estratégia de investimentos da China e continuaremos com esta prática", declarou Hu Xiaolian à imprensa.

A China é a principal proprietária de bônus do Tesouro americano desde setembro, quando superou o Japão.

No fim de janeiro, o país acumulava US$ 739,6 bilhões em bônos do Tesouro americano, segundo dados do governo dos Estados Unidos.

Alguns analistas chineses, porém, se mostram frustrados com o fato de Pequim não ter encontrado investimentos de maior rendimento para as gigantescas reservas cambiais do país.

Em uma rara manifestação oficial de preocupação sobre a enorme quantidade de bônus nas mãos da China, o primeiro-ministro Wen Jiabao chegou a pedir aos Estados Unidos que garantam os investimentos.

"Para ser sincero, estou um pouco preocupado. Quero pedir aos Estados Unidos que cumpram sua palavra e seus compromissos, preservando a segurança dos ativos chineses", afirmou.

Jiabao fez a decalaração depois que Washington aprovou um enorme pacote de estímulo econômicos, que alguns temem que possa reduzir o valor dos ativos em dólares.

O governo de Barack Obama respondeu rapidamente e afirmou que os bônos da China estão seguros.

Xiaolian ressaltou que apesar dos bônus continuarem sendo centrais nos planos de investimentos da China, Pequim não perderá de vista as mudanças de valor.

"Também quero destacar que prestaremos muita atenção à flutuação do valor de nossos ativos", afirmou, sem apresentar mais explicações.

Ela reconheceu ainda que a crise econômica mundial afetou a taxa de crescimento das reservas cambiais do país.

"Em muitos mercados emergentes aconteceu uma séria fuga de capital, mas isto não aconteceu na China. Mas, comparado com as entradas em massa de capital dos últimos anos, o ritmo desacelerou", disse, sem apresentar números.

"Temos plena confiança na balança de pagamentos da China".

As reservas cambiais chinesas, as maiores do mundo, alcançaram 1,95 trilhão de dólares no fim de 2008.

A imprensa chinesa informou na semana passada que as reservas registraram queda de US$ 30 bilhões em janeiro, em parte pela baixa dos ativos não dolarizados.

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