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Quinta-feira, 01 de agosto de 2024

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Grupo humanitário denuncia mortes civis no Sri Lanka

As mortes de civis aumentam rapidamente na zona de guerra do Sri Lanka, apesar do êxodo de dezenas de milhares de pessoas, denunciou hoje o grupo humanitário Médicos Sem Fronteira. As tropas do governo enfrentam rebeldes separatistas em uma guerra civil de 25 anos. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) demonstrou preocupação com o sofrimento dos civis, aprisionados ao longo de uma zona no nordeste do Sri Lanka, e pediu que os rebeldes do Exército de Libertação dos Tigres do Tâmil Eelam (LTTE) entreguem suas armas, renunciem ao terrorismo e participem de negociações para encerrar o conflito.


O Conselho de Segurança também pediu que o governo permita que as agências internacionais entrem em contato com os afetados pelos confrontos. Os militares afirmam que 102.790 civis escaparam da zona de conflito, entre segunda-feira e ontem. Porém acredita-se que ainda estejam na área outras dezenas de milhares de pessoas. O grupo de auxílio Médicos Sem Fronteira afirmou que um número crescente de civis gravemente feridos tem chegado ao hospital perto da zona de confronto. "Nós temos visto pacientes seriamente feridos, os números de pacientes têm aumentado rapidamente nos últimos três ou quatro dias", avaliou Paul McMaster, um cirurgião, em entrevista divulgada pelo grupo sediado na Suíça.


McMaster apontou que o hospital com 450 leitos agora tem mais de 1.700 pacientes, muitos deixados no chão, em corredores e até fora do edifício. "Aproximadamente três quartos dos feridos chegando agora sofreram ferimentos de explosões, e o restante são ferimentos de balas e explosões de minas", disse o médico. Ontem, uma porta-voz da Cruz Vermelha disse que aproximadamente mil pessoas gravemente feridas precisavam ser retiradas da área para receber melhor tratamento. Apenas dois hospitais precários funcionam na zona de guerra.


A ONU estima que mais de 4.500 civis morreram nos últimos três meses. É impossível obter outros relatos da área, porque a entrada de jornalistas é proibida. Nos últimos meses, as tropas tomaram várias posições dos rebeldes, que agora ocupam apenas uma zona de 20 quilômetros quadrados. As tropas já entraram na área para combater os rebeldes restantes e libertar civis. O governo também ignora os chamados para interromper os confrontos para que mais civis possam fugir. As tropas oficiais afirmam que estão prestes a derrotar o LTTE. Os rebeldes lutam para criar um território independente para a minoria étnica tâmil, que enfrenta décadas de marginalização por sucessivos governos controlados por cingaleses étnicos. Mais de 70 mil pessoas foram mortas na violência.

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