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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Israel suspende demolição de casas em assentamento da Cisjordânia

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, ordenou ontem a suspensão da demolição de casas israelenses construídas no assentamento judaico de Ofra sobre terrenos particulares de palestinos na Cisjordânia.


A demolição foi pedida em junho do ano passado por moradores da aldeia de Ein Yavrud e das organizações israelenses de direitos humanos Yesh Din (Existe a Justiça, em hebraico) e B'Tselem, segundo um comunicado dessas ONGs.

As organizações exigiram ao Tribunal Supremo de Justiça que ordenasse o Estado a retirar nove casas construídas no assentamento, em terras privadas palestinas.

O Estado respondeu à corte que Barak tinha decidido adiar as ordens de demolição ao considerar que as casas foram habitadas durante um longo período de tempo e que estão situadas dentro dos limites do assentamento de Ofra --e não em um enclave considerado ilegal pelas próprias autoridades israelenses.

O ministro disse ainda que antes de tomar qualquer decisão para demolir estruturas no assentamento, a questão devia ser estudada a fundo.

Desde 1967, ano em que Israel ocupou Cisjordânia e Jerusalém Oriental, 132 assentamentos judaicos reconhecidos pelo Ministério do Interior foram construídos nesses territórios, assim como um número similar de enclaves não reconhecidos.

A legislação internacional considera todos os assentamentos construídos em território ocupado após a Guerra de 1967 como ilegais. Eles representam um sério obstáculo para a paz e a criação de um futuro Estado palestino.

Jerusalém

A prefeitura de Jerusalém Ocidental anunciou recentemente que pretende derrubar 88 casas no bairro de Silwan, uma medida que foi duramente criticada pelos líderes palestinos e pela comunidade internacional. Cerca de 1.500 famílias vivem no local e receberam ordem de despejo nos últimos dias sob a acusação de construírem moradias irregulares.

Israel diz que mais de 80% das casas a serem demolidas foram construídas sem autorização. Os palestinos dizem que é quase impossível obter tais autorizações. O Estado israelense considera que Jerusalém é sua capital "eterna e indivisível".

Israel conquistou em 1967 a parte oriental da cidade, que tem maioria árabe e é reivindicada pelos palestinos como capital de seu eventual Estado. A comunidade internacional jamais reconheceu a anexação de Jerusalém Oriental por Israel.
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