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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Líder do Irã diz que mudança deve começar pelos EUA

O líder supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, disse neste sábado que a República Islâmica está pronta para mudar se o presidente dos EUA, Barack Obama, liderar o caminho mudando a atitude norte-americana em relação a seu país. O comentário de Khamenei foi feito um dia após Obama ter oferecido a Teerã um "novo começo" para superar décadas de animosidade mútua, em uma mensagem histórica de vídeo. "Nós não temos nenhuma experiência com o novo governo norte-americano e o novo presidente norte-americano. Vamos observá-los e julgá-los. Se vocês mudarem sua atitude, nós mudamos nossa atitude", disse Khamenei a milhares de iranianos na cidade sagrada de Mashhad, em mensagem televisionada.


O Teerã, afirmou ele, ainda precisa ver alguma mudança na política dos EUA em relação ao Irã. "Nós vão vemos nenhuma mudança. Qual é a mudança na política de vocês? Vocês retiraram as sanções? Pararam de apoiar o regime sionista? Digam para nós o que vocês mudaram. Mudança apenas em palavras não é suficiente. A mudança precisa ser real", disse Khamenei. "Os líderes norte-americanos e outros precisam saber que eles não podem enganar nossa nação ou assustá-la."


Khamenei acusou Washington de ter uma atitude "hostil" em relação a Teerã desde que a revolução islâmica derrubou o xá apoiado pelos EUA em 1979. "Eles apoiaram todos os grupos terroristas e oponentes" contra o Irã, disse ele. "Podemos ver a mão norte-americana por trás destes grupos. Infelizmente, este apoio ainda continua", relatou Khamenei, acrescentando que os grupos apoiados pelos EUA também ajudam rebeldes a combaterem forças de segurança iranianas na fronteira com o Paquistão.


Khamenei disse que o Irã não vai esquecer o apoio norte-americano a Saddam Hussein durante a guerra de 1980-1988 entre Irã e Iraque ou a derrubada a tiros de um avião de passageiros iranianos em 1988 por um navio de guerra dos EUA, que matou todos os 290 passageiros a bordo. "Em todos esses anos, eles fizeram propaganda hostil contra nosso país, especialmente nos últimos oito anos", afirmou o líder, referindo-se ao mandato de George W. Bush.


Bush se recusou a conversar com o Irã depois que a República Islâmica lançou um plano nuclear controverso. Ele também classificou o Irã como parte de um "eixo do mal" junto com o Iraque e a Coreia do Norte. As informações são da Dow Jones.
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