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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Reino Unido espera que os EUA sejam úteis nas conversas com Irã

O governo do presidente americano, Barack Obama, parece estar se inclinando para ter um "papel importante" nas próximas conversas com o Irã sobre os programas nucleares, disse nesta sexta-feira o embaixador do Reino Unido nos Estados Unidos, Sir Nigel Sheinwald.


Os comentários de Sheinwald foram feitos pouco depois do presidente Obama, dar mais um passo para reverter o legado do seu antecessor, George W. Bush. Aproveitando a celebração do Nouruz (Ano-Novo) no Irã, Obama enviou uma mensagem de conciliação aos iranianos, com a promessa de um "novo começo", baseado no respeito mútuo, para as estremecidas relações entre os dois países.

Teerã agradeceu a mensagem, mas pediu "mudanças concretas" antes de avançar em uma aproximação que encerraria décadas de animosidade. O embaixador informou que o envolvimento total dos EUA seria útil nas negociações com Irã pelas seis nações envolvidas na tarefa --China, Rússia, França, Reino Unido, EUA e Alemanha. "Eu acho que esta é a indicação que o governo Obama está dando", acrescentou.

Como parte de uma revisão da estratégia em relação ao Irã, a equipe de Obama tem questionado se ter um lugar permanente na mesa de conversas pode fazer com que os iranianos interrompam as experiências nucleares. Nesta quinta-feira (19), o país divulgou o sucesso da primeira missão de um satélite construído pelo país.

A experiência despertou temor da comunidade internacional, pois a mesma tecnologia utilizada no satélite poderá ser usada em um programa nuclear.O governo alega fins pacíficos.

Sheinwald disse que os britânicos e os outros membros deram as boas-vindas ao diplomata americano, Bill Burns, na reunião em Genebra no último verão e que esperam que a participação continue. Burns está no comando das negociações multilaterais no Departamento de Estado.

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, também gravou mensagem aos iranianos na qual afirmou que as potências mundiais chegaram a um "beco sem saída" em sua pressão pela desnuclearização iraniana. No discurso, Ahmadinejad evitou mencionar o pronunciamento no qual Obama propõe um "novo começo" com "respeito mútuo" nas relações bilaterais, após décadas de animosidade.

Os EUA cortaram as relações diplomáticas com o Irã durante uma crise entre 1979 e 1981 na qual um grupo de estudantes militares iranianos manteve 52 diplomatas americanos reféns na Embaixada dos EUA no Irã, por 444 dias. Mais recentemente, os dois países vivem sob a tensão do programa nuclear iraniano --que Washington diz ter como objetivo a fabricação de armas e que Teerã defende como meio de produção de energia.
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