O presidente do Equador, Rafael Correa, que já proclamou vitória nas eleições presidenciais deste domingo, tinha ampla vantagem, com 63,4% das mesas eleitorais apuradas na manhã desta segunda-feira (27).

"Vencemos amplamente. Hoje é um dia de alegria, de futuro, demos um passo histórico para consolidar esta revolução cidadã", disse Correa depois da divulgação de pesquisas de boca-de-urna que confirmaram sua vitória já em primeiro turno.

Para evitar o segundo turno, era necessário que o mais bem colocado tivesse 40% dos votos e vantagem de dez pontos percentuais sobre o segundo.

Até agora, o atual presidente tinha 51% dos votos válidos, e uma diferença de quase 23 pontos sobre o ex-presidente Lucio Gutiérrez, seu principal rival, que tinha 28,3%, segundo o Conselho Nacional Eleitoral.


"Hoje eu ratifico o compromisso de dar minha vida, se necessário, para construir essa democracia, para fazer um país mais justo socialmente", disse durante encontro com partidários em Quito.



Gutierrez, que governou o país entre 2003 e 2005 antes de ser destituído, não reconheceu a derrota e pediu a seus seguidores que vigiem a contagem de votos.



Correa também antecipou a vitória do governo nas eleições legislativas. De acordo com pesquisa da Santiago Pérez, o governo conseguiu ao menos 61 das 124 cadeiras, contra 23 do partido de Gutiérrez.



Com isso, Correa obteve sua quinta vitória seguida nas urnas desde sua eleição, em novembro de 2006. Ele deveria concluir seu mandato em 2011, mas, depois de três processos eleitorais, conseguiu aprovar uma nova legislação que o habilitou a se reeleger até 2013.



Correa é seguidor da corrente do "novo socialismo" do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.



Os equatorianos foram às urnas após um mandato polêmico do popular Rafael Correa. O atual presidente quer continuar sua “revolução socialista” e enfrentou um ex-presidente que já foi deposto por uma rebelião popular, Lucio Gutiérrez.



No país em que nenhum presidente finalizou seu mandato na última década, Correa conseguiu mais que completar dois anos no poder. Sua popularidade continua alta e, segundo pesquisas feitas antes do pleito, ele poderia vencer ainda no primeiro turno. Em 2008, ele venceu um referendo para legitimar uma nova Constituição, que permite com que ele concorra a mais dois mandatos consecutivos.