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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Rússia confirma contrato para venda de mísseis ao Irã

Um oficial do alto escalão do Ministério da Defesa da Rússia confirmou hoje que Moscou assinou um contrato para vender mísseis de defesa aérea S-300 ao Irã, informaram agências de notícias locais. A fonte, porém, negou que os armamentos já tenham sido entregues. Funcionários do governo russo têm negado veementemente rumores de que parte dos poderosos mísseis já teria sido repassada a Teerã, mas esta é a primeira vez que fica esclarecida a existência de um contrato bilateral.


A agências russas de notícias Itar-Tass, RIA-Novosti e Interfax citaram uma fonte no Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar dizendo que o contrato foi assinado há dois anos. Andrei Tarabrin, porta-voz do serviço, disse à Associated Press que esperaria para comentar o assunto. Analistas consideram que a venda dos mísseis S-300 mudaria consideravelmente o equilíbrio militar no Oriente Médio.


Israel e os Estados Unidos temem que, caso o Irã possua os mísseis S-300, poderia usá-los para proteger suas instalações nucleares, incluindo a planta de enriquecimento de urânio de Natanz e a primeira planta de energia atômica do país, projeto em andamento, tocado por construtores russas em Bushehr.

As declarações podem indicar que Moscou pretende usar o contrato como instrumento de barganha com os EUA, quando o presidente Dmitry Medvedev e seu colega Barack Obama se encontrarem, no mês que vem. O funcionário, porém, disse à Itar-Tass que o país não pretende desistir do contrato, estimado em centenas de milhões de dólares.


Um importante analista russo, Ruslan Pukhov, do Centro de Análises de Estratégias e Tecnologias, disse que o contrato era visto no Kremlin mais como um tema político que comercial. "O contrato dos S-300, e a cooperação com o Irã em geral é vista por Moscou apenas como um instrumento de barganha política com o Ocidente e não como uma forma de atingir os interesses fundamentais de defesa e comerciais da Rússia", afirmou Pukhov, segundo a RIA-Novosti.
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