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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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Sri Lanka volta a atacar refúgio civil, diz funcionário

O governo do Sri Lanka voltou a bombardear  a zona de conflito com os rebeles Tigres de Libertação do Eelam Tâmil (LTTE, na sigla em inglês), no norte do país, onde dezenas de milhares de civis estão presos, segundo informou uma fonte no governo, que não quis se identificar. O funcionário relatou a morte de pelo menos dez pessoas. Porém, o porta-voz do Exército negou os novos ataques e afirmou que os próprios insurgentes podem ter provocado um atentado para culpar o governo.


As forças oficiais mantêm a guerrilha presa em uma faixa de cinco quilômetros de extensão ao longo do litoral nordeste da ilha. Assim, o Exército estaria muito próximo de acabar com os 25 anos de uma longa guerra civil que já matou 70 mil pessoas. No entanto, na área ainda dominada pelo LTTE, civis e combatentes se misturam. Os rebeldes acusam o governo de matar a todos indiscriminadamente. As tropas cingalesas respondem dizendo que os guerrilheiros usam os civis como escudos humanos.


Imagens de satélite obtidas hoje pela rede britânica BBC mostram parte do território cheio de pontos negros, supostamente marcas de bombas aéreas, o que comprovaria que o governo quebrou sua promessa, feita na semana passada, de manter a zona "livre de ataques" para poupar os civis. Hoje, aviões do governo jogaram panfletos pedindo que a população deixe a região. Na mensagem, o presidente Mahinda Rajapaksa prometeu segurança. "Seu sofrimento vem sendo prolongado pelo LTTE. Peço que todos vocês a venham para áreas livres."


O LTTE luta pela independência dos tâmeis, etnia que compõe 18% da população do Sri Lanka. Desde janeiro, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 6.500 civis morreram na guerra civil, uma média de 70 mortes por dia. Enquanto isso, supostos rebeldes abriram hoje um novo front em sua luta contra o governo. O novo campo de batalha é o ciberespaço. O site oficial do Exército foi invadido e substituído por uma página com fotos de civis mortos. Os militares culparam o LTTE pelo ciberataque e informou que o problema seria consertado em breve.
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