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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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Panamá escolhe novo presidente neste domingo

O Panamá elege neste domingo seu presidente para os próximos cinco anos dividido entre a direita representada pelo empresário multimilionário Ricardo Martinelli, 57, e a esquerda oficialista de Balbina Herrera, 54.


Cerca de 2,2 milhões de panamenhos estão inscritos e poderão eleger em turno único o novo presidente, assim como 71 deputados do Congresso e 20 membros do Parlamento Centro-americano, além de 75 prefeitos e outros 630 representantes locais.

Apesar da economia ir bem no governo de Martín Torrijos, filho de Omar Torrijos --o general que conseguiu recuperar a soberania do Canal do Panamá nas negociações de 1977 com os Estados Unidos--, os panamenhos parecem dispostos à mudança, como indicam as pesquisas que apontam Martinelli como favorito em sua segunda tentativa de chegar à Presidência.

O multimilionário é proprietário da principal cadeia de supermercados do país e não economizou em sua campanha, muito mais vibrante que a de Herrera.

Martinelli, da Aliança pela Mudança --uma coalizão de três partidos de direita--, tem uma vantagem entre 11 e 16 pontos sobre Herrera, do social-democrata PRD (Partido Revolucionário Democrático, no poder).

A campanha de Herrera, ex-ministra da Habitação, também se vê prejudicada pelas declarações do colombiano David Murcia, preso em seu país por fraudar milhares de compatriotas com um "esquema de pirâmide", e que afirma que entregou US$ 3 milhões a ela, e outros tantos ao candidato da Prefeitura da Cidade do Panamá, também do PRD.

Independente de quem assumir a Presidência a partir de 1º de julho, não parece que vá ocorrer uma mudança de rumo na economia do país, uma das mais globalizadas do continente, e com um crescimento médio nos últimos três anos de 9,7%.

Fatores como as obras de ampliação do Canal do Panamá --uma "galinha dos ovos de ouro", pelo qual transita 5% do comércio mundial--, iniciadas em 2007 por um total de US$ 5,25 bilhões, o "boom" da construção (que em 2008 cresceu 30,5%, sendo 90% só na capital), o transporte, armazenamento e comunicações --setor que representou 21% do PIB no ano passado--, os serviços marítimos e o turismo --última aposta do governo de Torrijos--, têm sido os motores do êxito do dragão centro-americano.

"Nenhum dos dois candidatos colocará em perigo o sistema", afirma Arístides Hernández, presidente da agência Latin Consulting.

Mas alguns dos problemas mais urgentes que o vencedor das eleições deverá atacar são a insegurança --a principal preocupação dos panamenhos-- e a distribuição de renda, uma vez que o Panamá tem 28% da população vivendo na pobreza, em sua maioria indígenas. 


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