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Sábado, 03 de agosto de 2024

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Ataques terroristas a hotéis em 2005 foram o '11 de setembro' da Jordânia

Todos os visitantes que chegam ao hotel Grand Hyatt, em Amã, onde o G1 está hospedado, precisam passar por detectores de metais, revistas e as malas são observadas com raios x.




O controle de segurança na chegada a hotéis da Jordânia lembra a entrada em aeroporortos dos Estados Unidos e o motivo é que três hotéis da cidade, incluindo o Hyatt, foram os alvos do maior atentado terrorista da história recente do país, quando cerca de 60 pessoas morreram em explosões, em novembro de 2005.

“Foi o nosso 11 de Setembro”, disse o senador jordaniano Akel Biltaji em entrevista de que o G1 participou, numa sala do próprio hotel onde morreram 9 pessoas. Ele se referia não apenas ao fato de ter sido o mais violento ataque sofrido pelo país, mas à coincidência numérica, já que o atentado é referido pelos Estados Unidos pelos números 9/11, invertendo mês e data, enquanto o ataque em Amà ocorreu justamente num 9 de novembro, 9/11. 

Biltaji era conselheiro do Rei Abdullah II quando aconteceram os ataques coordenados no Grand Hyatt, no Radisson e no Days Inn, todos hotéis que recebem turistas e empresários estrangeiros. Homens-bombas agiram de forma simultânea e o número de vítimas chegou próximo a 60. O senador chegou a ir até o primeiro deles, onde ajudou a socorrer algumas pessoas.

O assunto emociona o senador, que fica com a voz carregada, quase chorando ao contar o que aconteceu. “Foi um escorregão. Foi a primeira vez que tivemos terroristas suicidas na Jordânia”, disse, alegando que os radicais haviam entrado no país pela fronteira iraquiana, que acabou ganhando um controle muito maior após os ataques. “Não tínhamos controle na entrada dos hotéis, mas aprendemos nossa lição, mudamos nosso comportamento e não vamos permitir que nada parecido volte a acontecer.”

A ação do governo na prevenção de terrorismo é apontada por especialistas em segurança na região como principal responsável pelo fato de a Jordânia se diferenciar dos países vizinhos, conseguindo evitar que o terrorismo se espalhe.

A ministra de de Turismo e Antiguidades da Jordânia, Maha Khatib, diz que a Jordânia é um dos países mais seguros do planeta, e de fato não se viu mais grandes demonstrações de radicalismo e violência no país, que passa uma grande sensação de segurança aos visitantes. A população também não se entregou ao medo, e poucas semanas após as bombas, os hotéis já estavam funcionando novamente.

No Grand Hyatt, todo o hall de entrada foi reconstruído depois dos ataques, mas ninguém no hotel cogita a remota possibilidade de nada parecido voltar a acontecer. Localizado na parte oeste da cidade, próximo ao centro, o hotel tem 311 quartos, e tem estado lotado sempre, segundo a diretora de vendas Tina Mahat, com quem o G1 conversou.
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